Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo apresentar a grande revolução representada pela singularidade tecnológica que poderá ocorrer no futuro. O que é Singularidade? Trata-se da característica daquilo que é singular: pouco frequente, fora do comum ou extraordinário. Singularidade tecnológica é a hipótese que considera o crescimento tecnológico desenfreado da super inteligência artificial. Segundo essa hipótese, a ação desenfreada de um agente inteligente atualizável com capacidade de auto-aperfeiçoamento (como um computador que executa inteligência artificial baseada em software) geraria cada vez mais rapidamente robôs dotados de uma super inteligência poderosa que, qualitativamente, poderia ultrapassar toda a inteligência humana.
A utilização do termo “singularidade” se deu a partir da década de 1950, com John von Neumann, no sentido em que o progresso tecnológico estaria associado a uma mudança acelerada. O conceito de singularidade tecnológica foi proposto pela primeira vez pelo criptologista britânico Irving John Good em 1965. A singularidade tecnológica é alcançada quando uma máquina ultra-inteligente pode superar todas as atividades intelectuais de todo homem mais inteligente. Desde que uma máquina ultra-inteligente possa projetar até mesmo máquinas melhores haveria, sem dúvida, uma “explosão de inteligência”, e a inteligência do homem seria deixada para trás. Assim, a primeira máquina ultra-inteligente seria a última invenção que o homem precisaria fazer.
A hipótese segundo a qual a máquina poderia logo ultrapassar o homem tem um nome. Trata-se da “singularidade tecnológica”, um termo utilizado pela primeira vez no ensaio The Coming Technological Singularity (“A iminente singularidade tecnológica”), publicado pelo autor norte-americano de ficção científica Vernor Vinge em 1993. Ele designa uma data incerta na qual a inteligência artificial ultrapassará a nossa, inaugurando então uma nova era. O próprio Vinge teve seus precursores e inspiradores, desde as reflexões do matemático Stanislaw Ulam sobre a aceleração exponencial do progresso até os escritos de Isaac Asimov (The Last Question [“A última questão”], 1956) e de Philip K. Dick (A máquina de governar, 1960; A formiga elétrica, 1970), passando pelas hipóteses do estatístico Irving John Good sobre as máquinas ultrainteligentes.
Elevada a problema-chave pelas indústrias do Vale do Silício e seus intelectuais orgânicos, a singularidade se transformou durante os anos 2000 em escola de pensamento. Alguns, como Raymond Kurzweil a veem como um acontecimento positivo e desejável. Embora esse otimismo seja minoritário, há concordância de que o avanço indiscutível e exponencial do progresso técnico torna a singularidade inevitável. Em vez de tentar impedi-la, seria importante preparar a humanidade para seu surgimento, de modo a limitar suas consequências negativas.
Em 1950, o cientista da computação britânico Alan Turing já especulava sobre o surgimento de máquinas pensantes (thinking machines) em sua obra “Computing Machinery and Intelligence”, e o termo “inteligência artificial” (IA) foi cunhado, em 1956, pelo cientista John McCarthy. Na década de 1990, a comunidade dedicada à inteligência artificial deixou de lado uma abordagem baseada na lógica, que envolvia criar regras para orientar um computador como agir, para uma abordagem estatística, usando bases de dados e pedindo para a máquina analisá-los e resolver problemas por conta própria. Especialistas acreditam que a inteligência das máquinas se equiparará à de humanos até 2050, graças a uma nova era na sua capacidade de aprendizado. Computadores já estão começando a assimilar informações a partir de dados coletados. Isso significa que estamos criando máquinas que podem ensinar a si mesmas e também a se comunicar simulando a fala humana, como acontece com os smartphones e seus sistemas de assistentes virtuais.
Uma rede neural de um sistema de Inteligência Artificial é capaz de analisar mais de um bilhão de dados em poucos segundos, sendo uma ferramenta incrível para apoiar um tomador de decisões dentro de uma organização, garantindo, assim, a melhor opção dentre as possíveis. Como os dados coletados são constantemente atualizados, os sistemas de Inteligência Artificial sempre atualizam, também, seus resultados, viabilizando que os gestores tenham acesso a informações recentes de variações ocorridas no ambiente de uma organização. O aprendizado de máquina (machine learning) é um campo de ciência da computação que dá aos computadores a capacidade de aprender sem serem explicitamente programados. Na análise de dados, o aprendizado de máquina é um método usado para conceber modelos e algoritmos complexos que se prestam à predição. Em uso comercial, isso é conhecido como análise preditiva. Esses modelos analíticos permitem que pesquisadores, cientistas de dados, engenheiros e analistas “produzam decisões e resultados confiáveis e repetíveis” e descobrem “insights ocultos” através da aprendizagem de relacionamentos históricos e tendências nos dados.
Graças aos avanços na inteligência artificial, o mundo se encontra diante de gigantescas transformações. É uma nova era na qual as regras fundamentais que regulavam as atividades das organizações estão sendo reescritas. Sistemas de inteligência artificial não significam apenas a automação de muitos processos para fazê-los mais eficientes. Estes sistemas de Inteligência Artificial estão fazendo o mundo passar por uma transição fundamental com as máquinas se desenvolvendo além do seu histórico papel como ferramenta ao se transformarem em “trabalhadores autônomos”. Em consequência, os sistemas de Inteligência Artificial estão mudando, portanto, a verdadeira natureza do trabalho que está a exigir que a gestão das operações com máquinas e trabalhadores seja processada de forma bastante diferente em relação ao passado.
Nos últimos anos, assistimos a progressos surpreendentes em áreas como aprendizagem independente, previsão, navegação autônoma, visão computacional e gameplay de vídeo. Os computadores agora podem fazer cálculos complexos de engenharia, negociar ações nas bolsas de valores na ordem de milissegundos, carros automatizados estão aparecendo cada vez mais em nossas ruas e assistentes artificialmente inteligentes invadiram nossas casas. Os próximos anos vão nos apresentar ainda mais avanços, com a Superinteligência Artificial através de máquinas que podem aprender com suas próprias experiências, adaptar-se a situações novas e compreender abstrações e analogias. A inteligência de máquina de nível humano tem boas chances de ser desenvolvida até a metade do século XXI da qual pode resultar a Superinteligência Artificial. A Superinteligência Artificial será a primeira tecnologia a superar potencialmente os humanos em todas as dimensões. Até agora, os seres humanos tiveram o monopólio da tomada de decisões e, portanto, tinham controle sobre tudo. Com a Superinteligência Artificial, isso pode acabar. Uma ampla gama de consequências poderá ocorrer, incluindo consequências extremamente boas e consequências tão ruins quanto a extinção da espécie humana.
2045 é o ano previsto para a singularidade tecnológica que marca o fim de uma era e o início de um novo ciclo humano, onde homem e máquina estarão integrados e onde a Inteligência Artificial supera e muito a inteligência humana. A tecnologia é a grande estrela da era digital, mas o homem continua sendo o personagem principal. Se o homem não evoluir através da tecnologia, ela não terá servido para nada. As técnicas que evoluíram no campo da inteligência artificial são similares às técnicas que o cérebro usa, segundo Raymond Kurzweil, o maior futurista do mundo. As máquinas aprendem tarefas humanas, e em 2029 inteligência artificial e humana serão iguais, e em 2045, uma única máquina será mais inteligente do que a humanidade inteira.
A Superinteligência Artificial poderá contribuir decisivamente para o avanço científico e tecnológico visando dotar a humanidade dos recursos necessários para enfrentar as ameaças internas ao planeta Terra que ameaçam a sobrevivência da humanidade como pandemias e terremotos, bem como a mudança climática catastrófica que poderá ocorrer a partir de meados do século XXI. Além disso, poderá contribuir para realizar avanços científicos e tecnológicos (biotecnologia, nanotecnologia e neurotecnologia) para aumentar a capacidade cognitiva e superar limitações físicas e psicológicas dos seres humanos com base no transhumanismo.
A evolução deu à humanidade a inteligência mais sofisticada do que qualquer animal do planeta e os humanos têm usado essa inteligência para superar seus déficits biológicos. O transhumanismo fala sobre usar essa dinâmica para não apenas impactar o mundo ao nosso redor, mas para aumentar ou mesmo substituir nossa biologia por tecnologia. Enquanto a humanidade corrigiu a visão deficiente com lentes corretivas, endireitou os dentes de uma pessoa com aparelhos, ou incontáveis outros exemplos de seres humanos alterando corpos ou sentidos através da tecnologia, o transhumanista quer substituir o olho inteiramente ou fazer transferências mentais.
À medida que as tecnologias da computação avançam ao lado da biotecnologia, há uma crescente convergência entre as duas na forma de interfaces neurais que no futuro podem abrir a porta para vincular sua mente diretamente a uma Inteligência Artificial, a fim de facilitar maior aprendizado, transferência mental e superar condições neurológicas. Como fazer o ser humano melhorar significativamente em questão de décadas, ou mesmo de alguns anos? A resposta é o transhumanismo, movimento determinado a usar tecnologias revolucionárias para transformar a humanidade em algo superior. É importante levar em consideração que o transhumanismo traria consequências que influenciariam todas as áreas do conhecimento.
A Superinteligência Artificial poderá contribuir, também, para o avanço científico e tecnológico visando dotar a humanidade dos recursos necessários para enfrentar as ameaçasvindas do espaço sideral e os seres humanos para levá-los para novos habitats no sistema solar e fora dele em busca de sua sobrevivência com o impacto de asteroides, o afastamento da Lua em relação à Terra, com a colisão entre as galáxias Andrômeda e Via Láctea, a morte do Sol e o fim do Universo em que vivemos. Com máquinas mais inteligentes do que nós, com a Superinteligência Artificial, a humanidade poderá se utilizar delas para solucionar problemas científicos e tecnológicos que assegurem a sobrevivência da espécie humana até mesmo com o fim do Universo em que vivemos ao abrir caminho para universos paralelos.
Mesmo que a Superinteligência Artificial produza benefícios para a humanidade, há o risco de que ela seja utilizada para o mal e não para o bem da humanidade. A imediata consequência do progresso da inteligência artificial é o avanço do desemprego. Este efeito social negativo já está acontecendo e é inevitável porque resulta de forças econômicas que estão fora de controle. A inteligência artificial é positiva para o capitalista que fará uso dela para enfrentar seus concorrentes de forma mais competitiva haja vista que proporcionaria, entre outras vantagens, o aumento de sua produtividade e a redução de seus custos. No entanto, seria, também, extremamente negativa para o sistema capitalista porque tende a reduzir a renda à disposição da massa dos trabalhadores excluídos da produção contribuindo, desta forma, para a queda na demanda de produtos e serviços e, consequentemente, dos lucros auferidos. Seu impacto sobre a sociedade seria devastador com o desemprego em massa resultante de sua utilização em larga escala.
Existem cenários extremamente negativos como o das próprias máquinas superinteligentes decidirem destruir os seres humanos, por exemplo, acabando com nossa civilização e infraestrutura. A Superinteligência Artificial pode representar a extinção da raça humana, segundo o cientista Stephen Hawking que publicou artigo abordando esta questão em 1º de maio de 2014 no jornal The Independent. Hawking afirmou que as tecnologias se desenvolvem em um ritmo tão vertiginoso que elas se tornarão incontroláveis ao ponto de colocar a humanidade em perigo. Hawking conclui: hoje, haveria tempo de parar; amanhã seria tarde demais. O desenvolvimento indiscriminado de uma inteligência artificial poderia indicar o fim da humanidade. Por ocasião da morte de Stephen Hawking, em março de 2018, essa famosa citação do astrofísico ecoou na imprensa e nas redes sociais. Durante muito tempo relegado aos registros da ficção científica, o medo da inteligência artificial está enraizado há alguns anos no debate público, associado tanto à automatização maciça das ocupações e ao desemprego em massa quanto à perspectiva não menos aterrorizante dos robôs assassinos.
Do filósofo e pesquisador Nick Bostrom a Elon Musk, fundador das empresas Tesla e SpaceX, diversas personalidades multiplicam, assim, os alertas sobre o risco existencial que as máquinas “superinteligentes” e potencialmente incontroláveis fariam recair na humanidade. Para o dono da Tesla, seu perigo seria até maior que o da bomba atômica. Alguns teóricos, como Raymond Kurzweil, acham que o ritmo da inovação tecnológica está se acelerando e que os próximos 50 anos podem produzir não só avanços tecnológicos radicais, mas, possivelmente, uma singularidade tecnológica, o que pode mudar fundamentalmente a natureza dos seres humanos. Transumanistas que prevem esta mudança tecnológica maciça geralmente sustentam que é algo desejável. No entanto, alguns também estão preocupados com os possíveis perigos da mudança tecnológica extremamente rápida e propõem opções para garantir que a tecnologia avançada seja usada de forma responsável. Por exemplo, Nick Bostrom tem escrito extensivamente sobre os riscos existenciais para o futuro bem-estar da humanidade, incluindo aqueles que poderiam ser criados pelas tecnologias emergentes.
Nick Bostrom afirma em seu livro Superintelligence que a Superinteligência Artificial representa um risco que ameaça a extinção prematura de vida inteligente na Terra, ou a destruição permanente e drástica de seu potencial para um desenvolvimento futuro desejável. Bostrom explicou que a Superinteligência Artificial requer que sejam desenvolvidos melhores mecanismos de controle. Bostrom afirma que precisaremos ter esses mecanismos de controle antes de criar os sistemas inteligentes atraindo os maiores especialistas em matemática e ciência da computação para esse campo. Ele sugere que haja uma forte colaboração de pesquisa entre a comunidade de segurança e a de desenvolvimento da Superinteligência Artificial, e para que todas as partes envolvidas incorporem o Princípio do Bem Comum em todos os projetos de Inteligência Artificial de longo prazo. Esta é uma tecnologia única, disse Bostrom, que deve ser desenvolvida para o bem comum da humanidade.
REFERÊNCIAS
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* Fernando Alcoforado, 80, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria) e Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019).