Fernando Alcoforado*
Este texto é um resumo do artigo, publicado em vários websites no Brasil e no exterior em português, inglês e francês, que tem por objetivo apresentar possíveis estratégias para salvar a humanidade das consequências catastróficas relacionadas com o contínuo afastamento da Lua em relação à Terra. Terra e Lua encontram-se unidos por uma forte ligação gravitacional e afetam-se mutuamente. Esta ligação gravitacional começou a partir da colisão entre o planeta Terra e um corpo do tamanho de Marte, denominado Theia, há aproximadamente 4,5 bilhões de anos quando nosso planeta ainda estava em formação e era uma grande bola pastosa e quente, criando grande anel de fragmentos em volta da Terra que então formou a Lua. Quando Theia se chocou com a Terra a uma velocidade de 40 mil quilómetros por hora, o impacto foi suficiente para vaporizar este planeta quando parte substancial do seu núcleo ferroso afundou na Terra e se integrou ao núcleo terrestre. O material restante foi projetado para o espaço cujos destroços deu origem à Lua. O afastamento da Lua em relação à Terra impactará sobre a vida no planeta porque a Terra e a Lua formam entre si um sistema único.
As principais consequências do contínuo afastamento da Lua em relação à Terra seriam: 1) o desaparecimento do fenômeno das marés; 2) o fim da estabilidade do eixo de rotação da Terra; 3) o fim de muitas espécies e plantas terrestres; e, 4) mudanças climáticas drásticas e globais decorrentes do desaparecimento das marés e da desestabilização do eixo de rotação da Terra. O desaparecimento do fenômeno das marés resultantes da gravidade da Lua levaria ao enfraquecimento das correntes oceânicas cujas águas tenderiam a se estancar. As margens dos mares perderiam seu sistema de drenagem e limpeza natural decorrente do avanço e recuo das águas. A água oceânica tenderia a redistribuir-se, tomando o rumo dos polos, e o nível do mar se elevaria nas costas. A consequência de tudo isso seria uma mudança drástica do clima da Terra. Uma mudança climática em escala global poderia produzir verões com temperaturas que superariam os 100 graus, e invernos com temperaturas abaixo de 80 graus negativos. No caso mais extremo, o eixo de rotação terrestre poderia alinhar-se diretamente na direção do Sol, o que faria com que zonas do planeta ficassem sob uma permanente insolação e outras, em permanente obscuridade. As gigantescas diferenças térmicas entre uma metade e a outra da Terra provocariam ventos extremos, com velocidade de mais de 300 quilômetros por hora e outros fenômenos meteorológicos dramáticos.
Para lidar com o problema relacionado com o contínuo afastamento da Lua em relação à Terra e suas catastróficas consequências é bastante importante que exista várias equipes de astrônomos espalhados pelo mundo dedicadas à detecção e monitoramento do contínuo afastamento da Lua em relação à Terra para medir suas consequências visando a adoção de medidas que atenuem progressivamente seus impactos negativos e apontem, em casos extremos, a necessidade de planejar a fuga dos seres humanos para os locais mais viáveis habitáveis do sistema solar como Marte, Titan (lua de Saturno) e Callisto (lua de Júpiter) nos quais seriam implantadas colônias espaciais todos eles com inúmeros obstáculos que exigiriam grande avanço científico e tecnológico para viabilizá-los.
Além da necessidade de adotar estratégias para promover avanços científicos e tecnológicos para enfrentar os problemas relacionados com o contínuo afastamento da Lua em relação à Terra e suas catastróficas consequências, os seres humanos precisam ser preparados para aumentar sua capacidade biológica para viver fora da Terra e realizar viagens espaciais dentro do sistema solar com o uso de recursos científicos e tecnológicos. A capacidade dos seres humanos de desafiar os limites impostos pela natureza é absolutamente necessária para assegurar sua sobrevivência como espécie hoje e no futuro. As ameaças imediatas quanto as futuras não serão enfrentadas com sucesso sem o avanço da ciência e da tecnologia que é o passaporte para a sobrevivência da humanidade. A ciência e a tecnologia têm, portanto, que oferecer solução para o desenvolvimento de poderosos foguetes e naves espaciais que possibilitem a fuga de seres humanos da Terra, quando necessária, e a implantação de colônias espaciais em locais mais viáveis habitáveis situados no sistema solar como Marte, Titan (lua de Saturno) e Callisto (lua de Júpiter), além de aumentar a capacidade biológica para os seres humanos viverem fora da Terra e realizarem viagens espaciais dentro do sistema solar.
Da mesma forma que é importante a existência de um governo mundial para coordenar as estratégias com os governos nacionais de combate ao caos na economia global, à degradação ambiental e aos conflitos internacionais, no enfrentamento de desastres naturais de abrangência regional e global como terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas, lidar com as questões relacionadas com a colisão de corpos vindos do espaço sideral, bem como fazer frente aos raios cósmicos, o mesmo se aplica no caso da coordenação das estratégias para lidar com as consequências do contínuo afastamento da Lua em relação à Terra. Nenhum governo nacional por mais poderoso que seja será capaz de realizar a hercúlea tarefa de salvar a humanidade das ameaças existentes no planeta Terra, bem como as existentes no espaço sideral. Além disso, os governos nacionais, sobretudo os mais poderosos, privilegiariam a sobrevivência de suas populações e não de toda a humanidade. Urge, portanto, a existência de um governo democrático mundial e de um parlamento mundial para realizarem a nobre tarefa de salvar a humanidade de todas as ameaças internas ao planeta Terra e aquelas existentes no espaço sideral.
Para assistir o vídeo que aborda este assunto, acessar o website: <https://www.youtube.com/watch?v=9g07SKta5FM>.
Este mesmo artigo foi publicado nos mesmos websites abaixo indicados em inglês com o título HOW TO SAVE HUMANITY FROM THE CONSEQUENCES OF CONTINUALLY INCREASING THE DISTANCE FROM THE MOON IN RELATION TO EARTH e em francês com o título COMMENT SAUVER L’HUMANITÉ DES CONSÉQUENCES DE L’AUGMENTATION CONTINUELLE DE LA DISTANCE DE LA LUNE PAR RAPPORT À LA TERRE como temos feito com os artigos já publicados anteriormente.
Para ler o artigo completo, acessar os websites Facebook (https://www.facebook.com/falcoforado/), Academia.edu (https://www.academia.edu/45163414/COMO_SALVAR_A_HUMANIDADE_DAS_CONSEQU%C3%8ANCIAS_DO_CONT%C3%8DNUO_AFASTAMENTO_DA_LUA_EM_RELA%C3%87%C3%83O_%C3%80_TERRA), SlideShare (https://pt.slideshare.net/falcoforado/como-salvar-a-humanidade-das-consequncias-do-contnuo-afastamento-da-lua-em-relao-terra), Twitter @BLOGFALCOFORADO (https://twitter.com/blogfalcoforado) e o website (https://fernandoalcoforado.academia.edu/research).
* Fernando Alcoforado, 81, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria) e Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019).