Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo demonstrar que as grandes potências adquiriram um poder militar tão grande que tornou inútil a existência das forças armadas da grande maioria dos países do mundo. No passado, a justificativa para a existência das forças armadas foi a de que seu propósito era o de defender o país e dissuadir os inimigos de atacá-lo. Na era contemporânea, o poder militar para defender e dissuadir os inimigos de atacar o país só é eficaz no caso das grandes potências pelo fato de serem possuidoras de um imenso arsenal de armas nucleares, possuírem força espacial focada na guerra no espaço e terem capacidade de desencadear a guerra cibernética moderna e, no caso das potências médias, por serem possuidoras de armas nucleares e terem capacidade de desencadear a guerra cibernética moderna. A visão tradicional de que cada país deve possuir suas forças armadas para a defesa de seus territórios e para dissuadir ameaças externas se tornou irrelevante na era contemporânea porque a grande maioria dos países do mundo é possuidora de forças armadas baseadas em estruturas obsoletas do passado e incapazes de enfrentar as grandes e médias potências militares do planeta. Este fato faz com que os gastos militares da quase totalidade dos países do mundo se tornem improdutivos fazendo com que se torne desnecessária a existência de suas forças armadas cujos gastos deveriam ser utilizados em setores econômicos mais relevantes ao desenvolvimento econômico e social de muitos países.
Os Estados Unidos é o país com o exército mais poderoso e mais forte de todo o mundo porque, além de possuir o terceiro maior exército em número de soldados ativos, é também o que mais investe nas forças armadas. O país investe 740 bilhões de dólares no exército, enquanto que a China, o segundo país que mais investe, possui um orçamento de 178 bilhões de dólares. Os Estados Unidos também possuem a tecnologia mais avançada para combates e defesa. Atualmente, a Rússia possui a segunda força militar mais poderosa do mundo. Formado em 1992, após a dissolução da União Soviética, o exército russo foi um dos que mais investiram nas últimas décadas. A Rússia é também um dos poucos países que produzem seus próprios equipamentos militares, tendo o maior número de tanques e projetores de foguete entre todos os exércitos do mundo. A China possui o maior exército do mundo em número de soldados ativos. Não é de se espantar porque é o país mais populoso do mundo. O país é também o segundo com mais financiamento nas forças armadas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O grande desenvolvimento da China nos últimos anos, faz com que peritos projetem que o exército chinês venha a se tornar ainda mais forte nas próximas décadas. O poder militar de um país é sustentado pelo poder econômico que possui. Das três grandes potências, Estados e China têm poder militar sustentado pelo poder econômico de suas economias, ao contrário da Rússia que se fragilizou com o fim da União Soviética. Ao herdar o poder militar da ex-União Soviética, a Rússia mesmo fragilizada economicamente mantém seu poder militar. O artigo sob o título Maiores economias do mundo: 10 potências econômicas atuais, publicado em 2 março 2021 no website <https://www.maioresemelhores.com/maiores-economias-do-mundo/> informa que as duas principais potências econômicas atuais são Estados Unidos e China.
Na atualidade, qualquer país que aspire exercer papel relevante na área militar precisa dispor de armas nucleares, de força espacial focada na guerra no espaço mas também, da capacidade de desenvolver a guerra cibernética. A ciência e a tecnologia são utilizadas pelas grandes potências militares na fabricação de armas modernas para uso nas guerras em terra e mar, na guerra no espaço e na guerra cibernética. A guerra no espaço está relacionada com a necessidade de proteger os satélites usados para comunicação e vigilância e o uso de armas antissatélites “destrutivas e não destrutivas” como laser de alta potência, mísseis de defesa e armas de partículas situadas em estações espaciais na órbita da Terra. A guerra cibernética assume na era contemporânea uma importância fundamental. Ela se apoia na tecnologia da informação e, modernamente, também nos avanços proporcionados pela inteligência artificial.
A guerra cibernética consiste, basicamente, no uso de ataques digitais para fins de espionagem ou sabotagem contra as estruturas estratégicas ou táticas de um país (MANOSKE – QUORA, Andy. O que todos devem saber sobre guerra cibernética. Disponível no website <https://gizmodo.uol.com.br/guia-guerra-cibernetica/>, 31 de dezembro de 2014). A espionagem visa roubar informações táticas e estratégicas como dados sobre a movimentação de tropas, os pontos fortes e fracos do sistema bélico do país e qualquer outra informação valiosa sobre recursos necessários para a guerra. Na sabotagem, pode ir de uma ação simples como derrubar os servidores de um site governamental a algo extremamente nocivo como fazer o lançamento de uma ogiva nuclear. A sabotagem se resume a “fazer algo” ao contrário da espionagem, que se resume a “descobrir algo”. Na guerra cibernética, hackers com apoio do Estado, sejam membros das forças militares de um país, ou financiados por tal país, atacam computadores e redes de países oponentes que afetem recursos necessários para a guerra. Eles fazem isso da mesma forma que em qualquer outro computador ou sistema, isto é, estudam o sistema profundamente, descobrem suas falhas e usam essa falhas para controlar esse sistema ou destruí-lo.
Hackers podem usar informações confidenciais destinadas a outrem (espionagem) para ganhar a dianteira na batalha contra seu adversário. Podem descobrir a velocidade de um míssil para que possa ser construído outro míssil ou um avião que possa ultrapassá-lo. Podem descobrir para onde o inimigo está movendo suas tropas e planejar uma emboscada como aconteceu contra o general iraniano Soleimani que foi assassinado pelo Exército dos Estados Unidos em 3 de janeiro de 2020 em um bombardeio no aeroporto de Bagdá. Hackers podem descobrir quais cientistas são importantes na criação de armas e atacá-los diretamente como aconteceu com o assassinato em 27/11/2020 do cientista iraniano Mohsen Fakhrizadeh atribuído a Israel segundo informações divulgadas pela CNN americana. Mohsen Fakhrizadeh era o principal cientista nuclear do Irã quando foi alvejado por balas em uma rodovia próxima de Teerã. Quando o país possui o controle desses sistemas, é possível, também, sabotar pessoas e estruturas. Ao descobrir como as tropas estão se comunicando, o país ganha acesso à rede para que possa confundir o inimigo e invadir a base deles. Poderia invadir seus sistemas/contas e fraudá-los, se passando por um deles. Ou poderia usar essas informações para controlá-los e chantagear pessoas por causa de algo achado no computador ou sequestrar suas famílias usando informações privadas.
Destruir os sistemas de países inimigos tem um resultado óbvio: destrói o que controla esse sistema, e, consequentemente, impede-o de funcionar. Um exemplo comum de ciberguerrilha é o uso de ataques para desativar sites governamentais e redes sociais. Essa tática foi usada efetivamente pelos russos durante a Guerra da Ossétia do Sul em 2008, causando caos e espalhando informações falsas para a população antes e durante a invasão russa. A guerra cibernética tem como alvo qualquer setor importante para a infraestrutura do inimigo como o exército, a defesa nacional e a indústria bélica. No entanto, esses alvos também podem ser fábricas de armas, minas e outras manufaturas que auxiliem no funcionamento dessas fábricas e o sistema elétrico, que fornece energia para todos esses setores. Na sua versão mais assustadora, a guerra cibernética pode ter como alvo o recurso estratégico mais importante de um país que é sua população. Um hacker poderia fazer um ataque terrorista para desestabilizar ou desmotivar uma população a lutar. Isso implica em desencadear uma guerra financeira com ataques aos setores financeiros, que causariam danos econômicos ou ataques a sistemas de comunicação para desativar a rede de telefonia e a internet.
A guerra cibernética não faz nenhuma distinção entre alvos civis e militares. Apesar de um míssil causar bastante dano, um ciberataque pode resultar, também, em perdas e mortes de civis. Se houvesse um ataque ao sistema energético de qualquer país e o sistema fosse destruído por um ciberataque não seriam só as fábricas de armas que parariam de funcionar. Um ataque desses resultaria também em acidentes de trânsito, cirurgias interrompidas, falhas em máquinas de suporte à vida quando uma quantidade elevada de pessoas poderia morrer. É muito difícil descobrir o autor de um ciberataque nem os governos que financiam esses ataques. Um aspecto que faz as armas digitais piores do que as armas nucleares é o de descobrir quem fez o ataque. É muito fácil esconder a origem de um ataque desses mascarando a identificação do autor dos ataques. Mesmo que o governo descubra de qual computador o ataque foi efetivado, ainda existe a dificuldade de descobrir quem era a pessoa atrás da tela e é ainda mais difícil saber se ele era, ou não, um agente do governo.
Clausewitz afirmou que a guerra é um ato de violência para impor a vontade de um beligerante a seu inimigo (CLAUSEWITZ, Carl von. Da Guerra. Editora Martins Fontes, 1986). O chinês Sun Tzu acrescenta que “a maior proeza militar é vencer sem combater”: a astúcia e a manipulação apresentam mais vantagens do que a agressividade para impor sua vontade sobre os outros (SUN TZU. A arte da guerra. Editora Jardim dos Livros, 2007). A guerra cibernética transforma radicalmente os três componentes históricos da guerra: a espionagem, a sabotagem e a guerra da informação, na linha observada por Sun Tzu. Não existem dúvidas sobre o uso da capacidade cibernética com o objetivo de conseguir vantagem política, econômica e militar. Segundo se noticia, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França, Irã, Coreia do Norte, India, Paquistão e Israel dispõem de meios cada vez mais sofisticados para obter informações de governos e de empresas para influir na vida das pessoas e destruir a infraestrutura e objetivos estratégicos de seus oponentes.
O mundo entrou numa fase de guerra permanente: sem frente de batalha e sem regras de engajamento. A guerra cibernética se assemelha à guerra insurrecional, com a diferença de poder planejar e executar a ação à distância, longe do inimigo. A utilização de algoritmos de inteligência artificial multiplicará o impacto das ações e criará no adversário novas vulnerabilidades. Será mais difícil a identificação de seus autores, pela utilização dos robôs para autorizar a difusão de falsas informações nas redes sociais ou para a disponibilização com livre acesso de algoritmos permitindo incluir pessoas em qualquer vídeo e de colocar em sua boca o que se deseje que ele diga. É possível que já estejam acontecendo operações de espionagem cibernética, de sabotagem ou de influência comandadas de maneira completamente autônoma, necessitando apenas do sinal verde de alguém. O entendimento de que a tecnologia 5G possa ser explorada para espionagem e sabotagem de instalações de infraestrutura, rede de comunicação e centros financeiros passou a ser uma nova preocupação e está na raiz da proibição da compra de produtos da Huawei chinesa para as redes 5G públicas ou privadas nos Estados Unidos. A nova guerra fria entre os Estados Unidos e a China começou com o comércio, mas deve se deslocar rapidamente para a tecnologia, em que a China dá mostras de estar à frente dos Estados Unidos nos avanços da aplicação da última geração 5G.
O poder nuclear e a capacidade de desencadear a guerra espacial e a guerra cibernética das grandes potências e o poder nuclear e a capacidade de desencadear a guerra cibernética pelas médias potências fazem com que as forças armadas da grande maioria dos países do mundo se tornem irrelevantes haja vista que seriam incapazes de fazerem frente ao poderio militar das grandes potências (Estados Unidos, Rússia, China) e de potências militares médias (Reino Unido, França, India, Coréia do Norte, Paquistão e Israel). Esta situação se torna bastante evidente no caso de países que não detém armas nucleares e não são capazes de desencadear a guerra espacial e cibernética. Apenas países como o Reino Unido, França, India, Coréia do Norte, Paquistão e Israel seriam capazes de dissuadir qualquer ameaça contra seus países pelo fato de serem detentores de armas nucleares e terem capacidade de desencadear a guerra cibernética. Este não é o caso do Brasil que, além de ser dependente econômica e tecnologicamente do exterior, tem forças armadas incapazes de fazerem frente a qualquer ameaça externa, sobretudo das grandes potências pelo fato de não ser detentor de armas nucleares e não ter capacidade de desencadear guerra espacial e cibernética.
Fatos da história recente demonstram a incapacidade das forças armadas de inúmeros países para fazerem frente ao poderio militar das grandes e médias potências. Em 1967, as forças armadas israelenses derrotaram militarmente em seis dias o Egito, Síria, Jordânia, Iraque, Kuwait, Líbia, Arábia Saudita, Argélia e Sudão que buscavam destruir o Estado de Israel. Em 1982, na guerra das Malvinas, as forças armadas da Argentina foram derrotadas pelas do Reino Unido em um mês e meio. Em 2003, na guerra do Iraque, os Estados Unidos, o Reino Unido e um punhado de nações aliadas, lançaram uma pesada campanha de bombardeio aéreo contra as principais cidades do Iraque, principalmente Bagdá, e em menos de um mês sobrepujaram o exército iraquiano e conseguiram ocupar o país. Em 2013, o governo dos Estados Unidos anunciou a intenção de bombardear a Síria com o objetivo de derrubar o presidente sírio Bashar Al-Assad que só não aconteceu porque a Síria contou com o apoio militar da Rússia. Estes exemplos demonstram que os países não detentores de poder de dissuasão só terão condições de evitar sua ocupação pelas grandes e médias potências se estiverem aliados a uma das grandes potências como foi o caso da Síria.
O Brasil é um país cujas forças armadas não tem a mínima condição de defender o País tomando por base os dados apresentados no artigo de Tiago Cordeiro, Qual é o poderio real das Forças Armadas brasileiras. Estamos equipados o bastante para enfrentar uma guerra?, disponível no website <https://super.abril.com.br/tecnologia/um-raio-x-das-nossas-forcas-armadas/>, publicado em 12 de agosto de 2020. Este artigo informa que o Brasil possui 16.886 quilômetros de fronteiras terrestres com dez dos 12 países da América do Sul e mais 7.367 quilômetros de litoral. A área total a ser coberta é de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão territorial. O Brasil nem se compara com as grandes potências militares. Os Estados Unidos, só para exemplificar, têm 19 vezes mais aviões, 15 vezes mais tanques e 3,7 vezes mais embarcações de guerra, além de ter forças espaciais e capacidade inigualável de desencadear guerra cibernética. Para um litoral gigantesco, é incrível o Brasil não ter nenhum porta-aviões porque acabou de dispensar o São Paulo, que dava tanto problema de manutenção que, em 18 anos de serviço, nunca ficou mais de três meses seguidos em operação. E tem apenas cinco submarinos com apenas dois em condições de uso. Só nos últimos dez anos, as Forças Armadas começaram a se interessar por drones de monitoramento. Só agora começou a substituir os fuzis que usava desde 1964. A artilharia antiaérea conta com armamentos com mais de 35 anos de uso. A falta de atualização dos equipamentos é tão grave quanto a inexistência de um programa efetivo de compra de munição em quantidade adequada. Em 2012, o general da reserva Maynard Marques de Santa Rosa, ex-secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, afirmou que o País só tinha munição para uma hora de combate. Um documento da mesma época indicava que 92% dos meios de comunicação utilizados pelos militares estavam obsoletos.
Além das inúmeras fragilidades, os gastos militares do Brasil são na sua quase totalidade improdutivos haja vista que destina 80% do orçamento militar para gastos com pessoal (salários, aposentadoria, entre outros). Só para comparar, na França o percentual do gasto com pessoal correspondeu a 46% em 2016. Com o governo Bolsonaro, ocorreu o absurdo da proposta de Orçamento para 2021 aumentar as despesas das Forças Armadas em detrimento dos gastos com a Educação e a Saúde. Outros ministérios foram preteridos também em relação às Forças Armadas como Meio Ambiente (queda de 4,7%), Agricultura (redução de 1,7%) e Desenvolvimento Regional (menos 6%). A pasta de Ciência e Tecnologia, por sua vez, teve um redução grande da sua proposta de orçamento (queda de 25%) (SCHREIBER, Mariana. Os gastos bilionários que Bolsonaro propõe para a Defesa e que levarão a cortes em outras áreas em 2021. Publicado em 31 agosto 2020 no website <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53969636>). Atitude racional na era contemporânea consistiria em reduzir drasticamente os gastos militares no Brasil para destinar esses recursos para outros fins mais produtivos qual seja ciência, tecnologia, educação, saúde, infraestrutura, meio ambiente, saneamento básico, habitação popular, combate ao tráfico de armas e de drogas e ao terrorismo, resgate e socorro no caso de desastres naturais, a assistência humanitária no combate à pandemia do novo Coronavirus e a reconstrução diante das calamidades.
Pelo exposto, fica demonstrado o imenso poder militar das grandes potências, o grande poder de potências de médio porte e a incapacidade de países como o Brasil para se defenderem e dissuadirem ameaças externas. Para o Brasil adquirir a capacidade de dissuadir as grandes potências teria que ser detentor de armas nucleares e ter capacidade para desencadear guerra espacial e cibernética que é difícil de ser implementada porque o País não dispõe de recursos para adquirir este poder. Trata-se de uma anomalia que precisa ser eliminada no Brasil, o País assumir gastos militares elevados como os atuais quando existem carências em setores importantes da vida nacional como educação, saúde, ciência e tecnologia, meio ambiente e economia nacional. Não tem sentido o País assumir gastos extremamente elevados para manter forças armadas inúteis e improdutivas como a do Brasil. A atitude racional seria o governo brasileiro reduzir drasticamente os gastos militares para destinar esses recursos aos setores mais necessitados do Brasil e, no futuro, deixar de possuir forças armadas. Para se defender de ameaças externas, o posicionamento correto do Brasil seria o de lutar pela paz e pelo desarmamento mundial com a constituição de um governo mundial representativo da vontade de todos os povos do mundo que teria como um dos seus papéis assegurar a paz mundial. Assegurada a paz mundial, as forças armadas de todos os países do mundo se tornariam desnecessárias.
* Fernando Alcoforado, 81, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria) e Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019).