O RISCO DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL

Fernando Alcoforado* 

Este artigo tem por objetivo demonstrar que o mundo corre o risco de eclosão da 3ª Guerra Mundial que poderá ser evitada se houver a celebração de um acordo de paz entre os presidentes Joe Biden e Wladimir Putin para acabar, inicialmente, com a guerra na Ucrânia e, posteriormente, com a reforma do sistema internacional para acabar com as guerras em todo o mundo. Desde 2014, a Ucrânia tem sido objeto de nossa atenção quando demos início à análise de seus problemas políticos internos até a eclosão do conflito com a Rússia e o envolvimento dos Estados Unidos e da OTAN. Desde 2014, publicamos os artigos descritos a seguir: 

·      Ucrânia em ebulição e suas consequências- 07/03/2014

·      Os desafios da Ucrânia- 02/04/2014

·      Tendências geopolíticas da era contemporânea- 16/12/2014

·      O complexo impasse político no conflito Rússia-Ucrânia- 20/02/2015

·      O conflito Rússia e Ucrânia como novo foco de guerra no mundo- 31/01/2022

·      Cenários futuros da guerra entre Rússia e Ucrânia- 25/02/2022

·      A verdadeira causa da guerra na Ucrânia e das guerras atuais no mundo- 01/03/2022

·      As lições da guerra entre Rússia e Ucrânia- 06/03/2022

·      Como a guerra na Ucrânia pode chegar ao fim e como acabar definitivamente com as guerras no mundo- 13/03/2022

·        A guerra na Ucrânia e o fim da globalização contemporânea- 18/03/2022

·      A irresponsável diplomacia americana na guerra da Ucrânia pode conduzir à 3ª guerra mundial- 11/02/2022

·      A guerra e a paz entre Estados Unidos e Rússia- 23/02/2023

No último artigo que publicamos, afirmamos que a irresponsável ação do governo dos Estados Unidos no caso da guerra da Ucrânia pode conduzir à 3ª Guerra mundial. Ao invés de tentar negociar uma solução negociada com a Rússia para a guerra na Ucrânia, o governo Biden preferiu o confronto estabelecendo sanções econômicas contra a Rússia e seus cidadãos, além de armar o governo da Ucrânia para resistir à invasão russa. O próprio Biden, em declaração dada no dia 6 de outubro de 2022, durante um evento do Partido Democrata, em Nova Iorque, afirmou que vê risco de “Armagedom” nuclear — guerra final — que está no nível mais alto desde a Guerra Fria ao citar que Putin “não está brincando” quando fala sobre o uso potencial de armas nucleares táticas, armas químicas ou biológicas, porque seu Exército é significativamente menos capaz. Segundo ele, o uso de uma arma nuclear poderia sair do controle e levar à destruição global. Esta afirmação demonstra que Biden age de forma irresponsável porque sabe do risco de uma hecatombe nuclear e nada faz para evitá-la buscando uma solução negociada diplomaticamente com a Rússia.  

No website <https://outraspalavras.net/outrasmidias/chomsky-em-busca-da-paz-na-ucrania/> está apresentada uma entrevista do respeitado intelectual Noam Chomsky a Anne Guion, no La Vie, publicado 02/03/2023, quando afirmou em entrevista que Washington quer prolongar a guerra ao máximo, para anular a Rússia. Riscos de conflagração global crescem e é preciso que ressurja o movimento pacifista. Chomsky afirmou que os Estados Unidos, agora uma parte importante do conflito, decidiram que a guerra deve continuar para enfraquecer severamente a Rússia. O que significa que eles não querem um acordo diplomático. Como resultado, praticamente todas as discussões, segundo Chomsky, tanto nos Estados Unidos como na Europa, são sobre quais medidas tomar para intensificar a guerra. Quanto mais o conflito se alongar, mais devastada a Ucrânia ficará. A guerra tem efeitos colaterais em todo o mundo, e há uma ameaça crescente de guerra nuclear. Noam Chomsky pede a abertura urgente de negociações para acabar com a guerra na Ucrânia, para acabar com o massacre, evitar uma conflagração geral e, acima de tudo, permitir que o mundo finalmente se concentre na extraordinária crise climática que deve enfrentar, antes que seja tarde demais. Segundo Chomsky, devido à guerra na Ucrânia, novas jazidas de combustíveis fósseis estão sendo exploradas que estarão em produção por várias décadas. Para ele, isto é, na verdade, uma sentença de morte para a espécie humana. Nós temos, portanto, que fazer uma escolha, isto é, fazer um acordo diplomático.

Igor Gielow publicou no website <https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/03/eua-alertam-para-risco-de-guerra-nuclear-com-china-e-russia.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo> o artigo “EUA alertam para risco de guerra nuclear com China e Rússia”. Neste artigo, há a afirmação do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, General Mark Milley, de que o conflito não é inevitável, mas pede dinheiro ao Congresso para dissuadir rivais. Segundo Milley, pela primeira vez na história, os Estados Unidos enfrentam o risco de uma guerra com duas potências nucleares ao mesmo tempo, a China e a Rússia. Lutar simultaneamente contra elas seria muito difícil, apesar das capacidades militares americanas. Este alarmismo de Milley busca sensibilizar os congressistas. O general pediu a aprovação do maior orçamento de Defesa da história dos Estados Unidos. Ele delineou todos os elementos de risco em curso. Afirmou, por exemplo, que Putin continua a usar retórica e postura nucleares irresponsáveis enquanto a Rússia fazia um dos maiores exercícios com mísseis intercontinentais da história recente. O general Mark Milley afirmou que os Estados Unidos e a Rússia detêm pouco mais de 90% das 13 mil ogivas espalhadas pelo mundo. Milley afirma que a China tem milhares de mísseis de alcance local nos seus arsenais, que seriam de difícil contenção pelos Estados Unidos com seu inventário atual, defendendo investimento em armas hipersônicas e outras. Ele diz que o potencial para conflito armado está crescendo. A China permanece como desafio número 1 de segurança geoestratégica de longo prazo citando a expansão militar da China no Indo-Pacífico e as medidas americanas contra isso, como patrulhas (pediu mais navios) e o pacto militar Aukus que fornecerá submarinos nucleares para a Austrália. 

Tudo que acaba de ser descrito mostra que o xadrez geopolítico internacional aponta a existência de 3 grandes protagonistas: Estados Unidos, China e Rússia. Tomando por base os 3 grandes protagonistas do xadrez geopolítico internacional contemporâneo, pode-se afirmar que os Estados Unidos têm por objetivo evitar perder sua hegemonia mundial nos planos econômico e militar para a China e a Rússia. Para alcançar este objetivo, as estratégias do governo norte-americano consistem, fundamentalmente, no seguinte: 1) barrar a ascensão da China como potência hegemônica do planeta; e, 2) impedir a Rússia de alçar à condição de grande potência dominante na Europa. O artigo Hacia una nueva guerra fría (Rumo a uma nova guerra fria) publicado no website <https://blogs.publico.es/cronicas-insumisas/2022/12/25/hacia-una-nueva-guerra-fria/> em 25 de dezembro de 2022, informa que a cúpula da OTAN em junho de 2022 em Madri aprovou o Novo Conceito Estratégico (NCE), e confirmou o que já vinha sendo traçado pelos Estados Unidos em relação à geopolítica mundial, direcionando sua atenção para a China porque, embora o NCE indique a Rússia para sua invasão da Ucrânia como ameaça, é a China que se preocupa por considerá-la uma potência que desestabiliza seus interesses hegemônicos. Uma nova etapa na política externa dos Estados Unidos foi reafirmada na nova Estratégia de Segurança Nacional (NNS) aprovada em outubro de 2022, onde se declara abertamente que o perigo vem da China, tanto no plano econômico quanto no militar. Enquanto a Rússia é reduzida a um perigo limitado apenas à segurança da Europa central. Algo que se verifica ao observar como os Estados Unidos têm deslocado capacidades militares para o Oceano Pacífico e Sudeste Asiático. Uma estratégia que considera uma fase presidida pelo agravamento das tensões políticas e militares entre os Estados Unidos e a China, e os respetivos aliados. 

Tudo isto significa dizer que a nova estratégia geopolítica dos Estados Unidos produzirá graves consequências nas esferas política e econômica, pois levará a um aumento do militarismo e do belicismo que levará a uma corrida armamentista com o consequente aumento dos gastos militares, produção e comércio de armas. A indústria bélica dos Estados Unidos ganhará muito dinheiro com a venda de armamentos para seus aliados. Algo que se verifica, por exemplo, no Japão, onde o governo japonês decidiu aumentar o seu orçamento de defesa (hoje 1% do PIB) para chegar a 2% do PIB em 2027 e colocar-se no mesmo nível dos países da OTAN. Trata-se de um aumento gigantesco que porá fim à tradicional política não militarista do Japão, uma vez que este enorme aumento será destinado a melhorar as suas capacidades militares em novas armas, anunciando a aquisição de drones de combate, mísseis Tomahawk e os temíveis mísseis hipersônicos capazes de variar sua trajetória em voo para evitar contra-mísseis inimigos. Um anúncio que imediatamente soou o alarme na China, Coreia do Sul e Filipinas, países que sofreram a criminosa invasão japonesa durante a Segunda Guerra Mundial. O artigo Hacia una nueva guerra fría, informa que um aumento do belicismo está ocorrendo, também, na Europa, como por exemplo, na Alemanha, França e Espanha, enquanto a União Europeia prevê um aumento de 32,7% (70 bilhões de Euros em três anos) sobre os gastos atuais de 214 bilhões de Euros para fornecer aos países membros recursos para adquirir novas armas na Revisão Anual Coordenada de Defesa (CARD). 

Esta situação nos remete à uma situação onde as grandes potências se enfrentam numa desmedida “guerra” pela hegemonia, hoje uma luta entre países capitalistas. Na guerra na Ucrânia, Rússia e Estados Unidos se enfrentam pela hegemonia no centro da Europa. O mesmo pode ocorrer entre o bloco ocidental liderado pelos Estados Unidos contra o bloco oriental liderado pela China e seus aliados no Tratado de Xangai de cooperação e segurança com Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Uzbequistão e observadores como o Irã. Este confronto antevê um futuro cheio de tensões, conflitos e alguma guerra periférica. Já estamos vivendo uma era em que, enquanto os governos gastam recursos na expansão de suas capacidades bélicas, as populações de todos os países do norte e do sul globais verão suas condições de vida retrocederem haja vista que muitos de seus governos decidiram alocar recursos para a segurança militar (armas e exércitos) quando deveriam ser alocados para a segurança humana, isto é, para promover trabalho, moradia, saúde, cultura, serviços sociais e preservar o meio ambiente que proporcionem uma vida digna de ser vivida. 

Carl Von Clausewitz (1790 – 1831), militar prussiano, especialista em estratégias militares e autor do mais famoso tratado sobre o tema da guerra no Ocidente, “Da Guerra”, ou “Sobre a Guerra”, publicado em 1832, afirmou que “a guerra é a continuação da política por outros meios” (CLAUSEWITZ, Carl Von. Da Guerra. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010). Segundo Clausewitz, a guerra é um ato de violência destinado a forçar o inimigo a submeter-se à sua vontade”. Esta tese de Clausewitz não se aplica quando se trata do confronto entre grandes potências nucleares como é o caso dos Estados Unidos, Rússia e China. Nenhum deles tem poder suficiente para desencadear uma guerra contra o outro para impor sua vontade ao inimigo. Esta tese não se aplica nem mesmo no confronto entre uma grande potência nuclear como os Estados Unidos e um minúsculo país como a Coreia do Norte que é, também, detentor de armas nucleares que podem atingir o território norte-americano. Outro grande pensador sobre a guerra foi Sun Tzu que escreveu entre o século V a.C. e III a.C. A Arte da Guerra, que é entendido como o tratado mais antigo sobre esse assunto (Sun Tzu. A Arte da Guerra. Jandira-SP: Editora Ciranda Cultural, 2019). Sun Tzu afirmou que “a guerra deveria ser conduzida de forma a ser solucionada rapidamente, uma vez que uma guerra longa empobreceria o reino, seria penosa para os soldados, traria muitas mortes e prejudicaria a honra daquele que estivesse à frente dos soldados”. O governo dos Estados Unidos não está seguindo o conselho de Sun Tzu na estratégia de guerra dos Estados Unidos contra a Rússia e contra a China que deve ser longa em prejuízo do próprio país.   

O genial Sun Tzu apresenta vários conselhos que o governo dos Estados Unidos não vem seguindo como os descritos a seguir: 

1.    Não há exemplos de uma nação beneficiando-se da guerra prolongada. Para exemplificar, os Estados Unidos não se beneficiaram da guerra prolongada no Vietnam, no Iraque e no Afeganistão.

2.    Quando cercar o inimigo, deixe uma saída para ele, caso contrário, ele lutará até a morte. Para exemplificar, após a 1ª Guerra Mundial, os aliados vitoriosos impuseram com o Tratado de Versalhes sanções econômicas, perda de território e o desarmamento da Alemanha não deixando uma saída para este país a não ser desencadear a 2ª Guerra Mundial. No confronto atual com a Rússia, os Estados Unidos não estão deixando uma saída para Putin que, em último caso, pode fazer o uso de armas nucleares de consequências danosas para a humanidade. 

3.    A vitória é o principal objetivo na guerra, mas o verdadeiro propósito da guerra é a paz. Os Estados Unidos não seguem o conselho de Sun Tzu porque a paz não é o seu principal objetivo no confronto com a Rússia e a China. Seu propósito é tentar impor sua vontade aos inimigos em uma guerra prolongada com custos elevados.

4.    A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutarDerrotar o inimigo em cem batalhas não é a excelência suprema; a excelência suprema consiste em vencer o inimigo sem ser preciso lutar. Os Estados Unidos buscam derrotar a Rússia sem sua participação direta no conflito na Ucrânia, mas que não terá o sucesso pretendido porque a Rússia é invencível.

5.    Evitar guerras é muito mais gratificante do que vencer mil batalhas. Este é que deveria ser o esforço a ser desenvolvido pelos Estados Unidos, pela Rússia e pela China haja vista o custo das guerras em vidas humanas e recursos financeiros envolvidos não justificaria a sua existência.

No conflito da Ucrânia, diante da impossibilidade do governo dos Estados Unidos impor sua vontade à Rússia urge a celebração de um acordo de paz entre os presidentes Biden e Putin para acabar com a guerra na Ucrânia porque a guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode evoluir para um conflito que se estenderia pela Europa e pelo mundo se transformando em guerra mundial. Se isto ocorrer abriria o caminho para o envolvimento das grandes potências militares de consequências imprevisíveis com o uso de armas nucleares. É preciso que todos entendam que a guerra na Ucrânia é cenário da disputa entre Rússia e Estados Unidos. De um lado, temos os Estados Unidos que desejam a presença da OTAN na Ucrânia e, de outro, temos a Rússia que não quer a presença da OTAN na Ucrânia. A guerra na Ucrânia só chegará ao fim se Biden e Putin chegarem a um acordo sobre o fim do conflito entre Rússia e Estados Unidos com a supervisão da ONU. O acordo inicial entre Biden e Putin poderia ocorrer com a Rússia aceitando o cessar fogo na Ucrânia com a condição de os Estados Unidos desistirem da incorporação da Ucrânia à OTAN. O acordo definitivo consistiria em a Rússia acabar com suas hostilidades na Ucrânia liberando territórios ocupados neste país, à exceção da Crimeia, assumindo o ônus de reconstruir o que foi destruido pela guerra com a condição de os Estados Unidos e a OTAN abandonarem os países do leste europeu e a Finlândia que a ela aderiram voltando para os limites existentes em 1997 e assumirem o compromisso de removerem as sanções econômicas e financeiras adotadas contra a Rússia.

O acordo entre Biden e Putin seria vantajoso para para a Ucrânia, a Rússia, os Estados Unidos, a Europa e para o mundo. A Ucrânia ganharia com este acordo porque acabaria o sofrimento de sua população, evitaria a ocupação militar de seu território pela Rússia, recuperaria sua soberania sobre o território nacional e teria a reconstrução do país realizado pela Rússia. A Rússia ganharia com este acordo porque haveria a remoção das sanções econômicas e financeiras contra ela adotadas pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, haveria o abandono da pretensão da OTAN de adesão da Ucrânia como um dos seus paises integrantes e o compromisso dos Estados Unidos e da OTAN de abandonarem os 14 países do leste europeu (Albânia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estónia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedónia do Norte, Montenegro, Polónia, Romênia e República Tcheca) e a Finlândia que ingressou recentemente na organização. Os Estados Unidos ganhariam com o acordo porque deixaria de ocorrer a desestabilização de sua economia com uma guerra prolongada. A Europa ganharia com o acordo porque desapareceria a ameaça de cessação do suprimento do petróleo e do gás natural da Rússia e de desestabilização de suas economias com uma guerra prolongada. O mundo ganharia com o acordo porque deixaria de ocorrer a desestabilização da economia mundial com graves repercussões nas economias de todos os países e desapareceria a ameaça de nova guerra mundial que levaria ao fim da espécie humana. Para Biden e Putin celebrarem este acordo de paz, é preciso que a ONU, através de seu secretário geral, saia de sua passividade na busca da paz mundial e a China e todos os países amantes da paz se mobilizem visando sua realização.

Para afastar definitivamente novos riscos de uma nova guerra mundial e que a se concretize a paz perpétua em nosso planeta, seria preciso a reforma do sistema internacional atual que é incapaz de garantir a paz mundial. O novo sistema internacional deveria funcionar com base em um Contrato Social Planetário que seria a Constituição do planeta Terra. Para a elaboração do Contrato Social Planetário deveria haver a convocação de uma Assembleia Mundial Constituinte com a participação de representantes de todos os países do mundo eleitos para este fim. O Contrato Social Planetário deveria estabelecer a existência de um Governo Mundial cujo presidente deveria ser eleito com mais de 50% de votos do Parlamento Mundial a ser, também, constituído com representantes eleitos nos diversos países do mundo. Além do Governo Mundial e do Parlamento Mundial, deveria ser constituida, também, a Corte Suprema Mundial que deveria ser composta por juristas de alto nivel do mundo escolhido pelo Parlamento mundial que atuariam por tempo determinado. A Corte Suprema Mundial deveria julgar os casos que envolvam litigios entre paises, os crimes contra a humanidade e contra a natureza praticados por Estados nacionais e por governantes à luz do Contrato Social Planetário, julgar conflitos que existam entre o Governo Mundial e o Parlamento Mundial e atuar como guardiã do Contrato Social Planetário. O Governo Mundial não terá Forças Armadas próprias devendo contar com o respaldo de Forças Armadas dos países que seriam convocados quando necessário.  

Portanto, com esta sistemática o Parlamento Mundial legislaria com sucesso por meio de um processo democrático. Não haveria a necessidade de um ente que atuaria como policial do mundo porque quem exerceria o poder seria o Presidente do Governo Mundial que usaria as Forças Armadas de determinados países que seriam convocadas quando necessário. O novo estado de direito internacional seria executado pelos três poderes constituídos: Governo Mundial, Parlamento Mundial e Corte Suprema Mundial. O poder mundial repousaria no Governo Mundial, no Parlamento Mundial e na Corte Suprema Mundial. O poder mundial não corromperia nem seria corrompido porque haveria a vigilância de  todos os poderes constituídos. Governo Mundial, Parlamento Mundial e Corte Suprema Mundial atuariam como freios e contrapesos visando a eficiência e eficácia do sistema internacional.

Estas são, portanto, as medidas que deveriam ser adotadas a curto prazo para acabar com a guerra na Ucrânia e, a médio e longo prazo, para acabar definitivamente com as guerras no mundo. Os cidadãos de todo o mundo amantes da paz deveriam se mobilizar em seus países para exigirem de seus governos e da ONU o empenho na concretização da paz mundial para evitar a eclosão da 3ª Guerra Mundial.

* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022) e How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023).

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Author: falcoforado

FERNANDO ANTONIO GONÇALVES ALCOFORADO, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).

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