A GUERRA FRIA ENTRE ESTADOS UNIDOS E CHINA E OS RISCOS DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL

Fernando Alcoforado*

Este artigo tem por objetivo apresentar as características da guerra fria entre Estados Unidos e China que tem múltiplas dimensões (guerra comercial, guerra financeira, guerra tecnológica, guerra cibernética e guerra no espaço). Neste artigo, foram analisadas cada uma das dimensões que apresenta a guerra fria entre os Estados Unidos e a China com suas consequências. É oportuno observar que a guerra fria está sendo desencadeada pelos Estados Unidos contra a China na tentativa de evitar seu declínio econômico e impedir a ascensão da China como potência hegemônica do planeta que se prevê deve acontecer até meados do século XXI. O recrudescimento das guerras comercial, financeira, tecnológica, cibernética e no espaço entre os Estados Unidos e a China colocam a possibilidade da eclosão, no plano militar, da 3ª Guerra mundial envolvendo estas duas grandes potências econômicas e militares e seus respectivos aliados cuja análise foi processada no final deste artigo.

1. A guerra comercial entre Estados Unidos e China e suas consequências

A guerra comercial é como ficou conhecida a disputa econômica entre os Estados Unidos e a China. O conflito teve início em 2017, quando o então presidente norte-americano Donald Trump tarifou produtos chineses. O objetivo era estimular a compra de produtos nacionais, aumentando assim a criação de empregos nos Estados Unidos. Com o argumento de que buscava proteger os produtores norte-americanos e reverter o déficit comercial que os Estados Unidos têm com a China, o presidente Donald Trump anunciou desde 2018 a adoção de tarifas sobre produtos importados do país asiático. O objetivo era dificultar a chegada de produtos chineses aos Estados Unidos, o que estimularia a produção interna. A ideia central do presidente Trump era deixar os produtos chineses mais caros fazendo com que a população optasse por comprar produtos nacionais [1].

O governo da China, por sua vez, reagiu a esses anúncios com retaliações, chegando a impor também tarifas sobre produtos norte-americanos. Em resposta, a China decidiu aumentar taxas e até mesmo barrar a importação de alguns produtos americanos. Além disso, a nova estratégia da China consistiu em desvalorizar a sua moeda (Yuan) para baratear os produtos chineses e estimular a exportação da China. O governo dos Estados Unidos acusou a China de fazer manipulação cambial. A guerra comercial se transformou, também, em uma guerra cambial. O governo Biden deu continuidade à guerra comercial desencadeada pelo governo Trump e deu mais um passo decisivo na tentativa de contenção do poder chinês com a guerra tecnológica contra a China [1].

O governo Biden adotou, entre outras medidas, um amplo conjunto de controles de exportação que proíbem as empresas chinesas de comprar chips avançados dos Estados Unidos. Estas sanções são sem precedentes nos tempos modernos. Os chips que o governo Biden tenta controlar são semicondutores, os processadores que movem celulares, carros autônomos, computação avançada, drones e equipamentos militares e se tornaram essenciais para a disputa tecnológica desta década. Portanto, a gestão Biden não só continuou a guerra comercial com os chineses, iniciada por Trump, como a elevou a uma guerra tecnológica [2].

2. A guerra financeira entre Estados Unidos e China e suas consequências

A guerra financeira é adotada para desestabilizar as instituições financeiras de um país inimigo e degradar sua capacidade econômica. A destruição da riqueza de um país inimigo através de um ataque a seu mercado pode ser mais eficaz do que afundar navios inimigos, quando se trata de enfraquecer um adversário. Se o atacante puder levar um país a um estado de quase colapso e paralisia, a uma catástrofe financeira enquanto avançando em outras frentes, então a guerra financeira será julgada bem sucedida, mesmo se o atacante incorrer em grandes custos. A guerra financeira tem aspectos ofensivos e defensivos. Os aspectos ofensivos incluem ataques maliciosos em mercados financeiros do país inimigo projetado para interromper o comércio e destruir sua riqueza. Os aspectos defensivos envolvem rápida detecção de um ataque do inimigo seguido de resposta rápida como fechar mercados ou interceptar o tráfego de mensagens inimigas. A acão ofensiva pode consistir na interrupção da primeira tentativa ou retaliação da segunda tentativa. Na teoria, ataque e defesa convergem, já que a retaliação de segunda tentativa pode ser suficientemente destrutiva para impedir ataques de primeira tentativa [7].

A China está à frente dos Estados Unidos com sua doutrina de guerra financeira estratégica. Na implementação da guerra financeira, a China tem adotado formas mais sutis de ataque financeiro como, por exemplo, em janeiro de 2011, o The New York Times informou que a China passou a ser uma vendedora líquida de títulos do Tesouro dos Estados Unidos em 2010, após ser um comprador líquido. O relatório do Times achou esta venda estranha porque a China ainda estava acumulando enormes reservas em dólar de seus superávits comerciais e ainda estava comprando dólares para manipular o valor de sua moeda, o Yuan [7]. Atualmente, a China é o segundo maior credor da dívida pública dos Estados Unidos, atrás do Japão, com um estoque de US$ 835,4 bilhões.

No contexto da guerra financeira entre os Estados Unidos e países asiáticos, entre eles a China, foi criado um sistema de pagamento alternativo não baseado em dólar que está tomando forma na Ásia e o ouro provou ser uma arma financeira eficaz. Esta situação está contribuindo para a construção de novos sistemas bancários e de pagamentos baseados no ouro em substituição ao dólar. A China está consolidando sua posição como uma potência no mercado de ouro. O Banco Central da China elevou suas reservas de ouro pelo nono mês consecutivo, aumentando seu estoque em cerca de 23 toneladas. Com esta adição, o acúmulo total da China atingiu um marco histórico de 2.137 toneladas. Desde 2009, a China tem se empenhado persistentemente na aquisição de ouro físico. Em 2023, sob o comando da China, os bancos centrais globais intensificaram a compra de ouro em uma tentativa de diversificar suas reservas longe do dólar americano [8].

Além de adotar o ouro, a China criou sua moeda digital. Trata-se de uma criptomoeda apoiada por seu banco central, algo que analistas afirmam ter ampliado a liderança do país na corrida global para o desenvolvimento de dinheiro digital por parte de bancos centrais. O Yuan digital é provavelmente a mais avançada das iniciativas de criação de moedas digitais do banco central do mundo até agora. As moedas digitais do banco central (CBDCs) fornecem uma forma pública de pagar e armazenar dinheiro digitalmente. O Yuan digital pode funcionar para pagamento de produtos. A China tem um objetivo de internacionalizar sua moeda como alternativa ao dólar e o Yuan digital poderá ajudar nisso. O Yuan digital é como os atuais métodos eletrônicos de pagamento atuais na China. Os usuários baixam apps de carteiras digitais onde podem guardar recursos e que geram um código QR que pode ser lido por terminais de pagamento. O Yuan digital é projetado para substituir o dinheiro físico em circulação, não dinheiro depositado a longo prazo em contas bancárias. Diferente de criptomoedas como bitcoin, o Yuan digital não vai depender de blockchain, tecnologia de bancos de dados distribuídos que permite que transações sejam validadas sem necessidade de bancos. O uso amplo do Yuan digital dará aos formuladores de política monetária da China maior visibilidade sobre como estão os fluxos de capital na economia do país [9].

Estes esforços financeiros estão sendo realizados pela China lado a lado com esforços maliciosos no ciberespaço e ataques a sistemas que controlam a infraestrutura crítica, lançada pela unidade de espionagem militar da China. A guerra financeira encetada pelos Estados Unidos contra seus inimigos está fazendo com que estes desenvolvam ações que contribuam para produzir danos sobre o sistema econômico e financeiro internacional que apresenta grande fragilidade. Os ataques cibernéticos na infraestrutura dos Estados Unidos, incluindo bancos e outras instituições financeiras, estão crescendo e podem assumir muitas formas. O sucesso dos hackers e a reação do mercado demonstrou que os mercados podem ser manipulados por vários meios. Esses eventos apontam para o tipo mais perigoso de ataque financeiro que combina ataques cibernéticos e guerra financeira. Os mercados de capitais hoje são tudo menos à prova de falhas. Na verdade, eles são cada vez mais propensos a falhas.

3. A guerra tecnológica entre Estados Unidos e China e suas consequências

A ascensão econômica da China e seu rápido sucesso deve ser creditado pelo trabalho miraculoso do governo chinês de tirar centenas de milhões de pessoas da pobreza para a condição de classe média. O rápido crescimento da China tem sido impulsionado principalmente pelo progresso e investimento em tecnologia. A China mostra excepcional inovação tecnológica local. Não por acaso, as empresas chinesas já estão liderando o caminho tecnológico das redes móveis 5G e, também, das futuras redes móveis 6G que deverá ocorrer em 2030 e sua capacidade é elevada para desencadear uma guerra cibernética com os Estados Unidos.  A China está seguindo seu próprio caminho demonstrando que sistemas políticos centralizados e planejados são capazes de impulsionar mais e mais rapidamente o desenvolvimento do que sistemas baseados no livre mercado.

A China pode liderar o futuro digital mesmo se os Estados Unidos tentarem impedir fazendo a sua parte. No que diz respeito à guerra tecnológica, são citados, por exemplo, dois campos de conflito: Tecnologia 5G e Inteligência Artificial (IA). O mercado dos Estados Unidos está fechado desde 2012 para a Huawei, detentora da mais avançada tecnologia 5G, depois que o Comitê de Inteligência do Congresso norte-americano concluiu que a Huawei representa uma ameaça à segurança nacional.  A Huawei, empresa chinesa, tem seus dispositivos de redes móveis de Internet 5G com preços mais baixos do que os dos concorrentes coreanos ou americanos.  Desde 2017, a Huawei é líder mundial como fabricante de equipamentos de redes móveis, fornecendo antenas, retransmissores e outras infraestruturas para as operadoras móveis conectarem seus clientes em qualquer local [1].

A China lançou um programa de incentivo à IA. O plano do governo chinês declara como objetivos explorar esta oportunidade estratégica e ser pioneiro para construir uma vantagem competitiva no desenvolvimento da IA, ou seja, deixar de ser replicadora e assumir a liderança nessa tecnologia de ponta. A era iminente das máquinas inteligentes pode ser um ponto de virada a favor da China na batalha pela hegemonia global com os Estados Unidos. A mais recente Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos insiste na necessidade de conquista de liderança em pesquisa, tecnologia, invenção e inovação como pilares da prosperidade americana. Para manter a vantagem competitiva, os Estados Unidos priorizarão tecnologias emergentes críticas para o crescimento econômico e segurança, como ciência de dados, criptografia, tecnologias autônomas e inteligência artificial. Não há dúvidas de que o país que exercer a liderança em Inteligência Artificial (IA) poderá levá-lo à conquista do poder mundial. Quem conquistar uma vantagem decisiva, poderá usar os avanços em IA para minar o poder econômico ou militar de seus oponentes [3].

4. A guerra cibernética entre Estados Unidos e China e suas consequências

A ciência e a tecnologia são utilizadas na guerra cibernética como uma das armas da guerra moderna. A guerra cibernética se apoia na tecnologia da informação e, modernamente, também nos avanços proporcionados pela inteligência artificial. A cibernética é uma ciência de característica interdisciplinar tendo como base a pesquisa cientifica. A guerra cibernética consiste, basicamente, no uso de ataques digitais para fins de espionagem ou sabotagem contra as estruturas estratégicas ou táticas de um país. A espionagem visa roubar informações táticas e estratégicas como dados sobre a movimentação de tropas, os pontos fortes e fracos do sistema bélico do país e qualquer outra informação valiosa sobre recursos necessários para a guerra. Na sabotagem, pode ir de uma ação simples como derrubar os servidores de um site governamental a algo extremamente nocivo como fazer o lançamento de uma ogiva nuclear. A sabotagem se resume a “fazer algo” ao contrário da espionagem, que se resume a “descobrir algo” [1].

Na guerra cibernética, hackers com apoio do Estado, sejam membros das forças militares de um país, ou financiados por tal país, atacam computadores e redes de países oponentes que afetem recursos necessários para a guerra. Eles fazem isso da mesma forma que em qualquer outro computador ou sistema, isto é, estudam o sistema profundamente, descobrem suas falhas e usam essa falhas para controlar esse sistema ou destruí-lo. Hackers podem usar informações confidenciais destinadas a outrem (espionagem) para ganhar a dianteira na batalha contra seu adversário. Podem descobrir a velocidade de um míssil e construir outro míssil ou um avião que possa ultrapassá-lo. Podem descobrir para onde o inimigo está movendo suas tropas e planejar uma emboscada. Podem descobrir quais cientistas são importantes na criação dessas armas, ou qual político foi imprescindível na arrecadação de fundos para o tal sistema bélico e atacá-los diretamente com o uso, por exemplo, de drones. Quando o país possui o controle desses sistemas, é possível, também, sabotar pessoas e estruturas. Ao descobrir como as tropas estão se comunicando, o país ganha acesso à rede para que possa confundir o inimigo e invadir a base deles. Poderia invadir seus sistemas/contas e fraudá-los, se passando por um deles. Ou poderia usar essas informações para controlá-los e chantagear pessoas por causa de algo achado no computador ou sequestrar suas famílias usando informações privadas. Destruir os sistemas de países inimigos tem um resultado óbvio: destrói o que controla esse sistema, e, consequentemente, impede-o de funcionar [1].

Na guerra cibernética entre Estados Unidos e China, em 2023, o Ministério de Segurança do Estado da China (MSS) acusou os Estados Unidos de invadir servidores da Huawei, roubar dados críticos e implantar backdoors desde 2009 no esforço de acessar remotamente um centro de comando e controle externo ao ecossistema invadido, criando uma via permanente para futuras contaminações. Assim, um atacante poderia ter acesso a diversos arquivos e até o controle completo do seu ambiente. O MSS também alegou que os Estados Unidos forçaram empresas de tecnologia a instalar backdoors em seus softwares e equipamentos para conduzir espionagem cibernética e roubar dados. O MSS respondeu chamando os Estados Unidos de “o maior império de hackers e ladrão cibernético global”.  O MSS afirmou que as agências de inteligência dos Estados Unidos têm feito todo o possível para conduzir vigilância, roubo secreto e invasões em muitos países, incluindo a China. O MSS destacou especificamente a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) por realizar ataques sistemáticos e baseados em plataforma contra a China para saquear seus recursos de dados importantes. O MSS afirmou que os Estados Unidos têm usado armas e equipamentos em grande escala para realizar ataques cibernéticos e operações de espionagem cibernética contra a China, Rússia e outros 45 países e regiões ao redor do mundo [4].

Relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos informa que as atividades cibernéticas maliciosas da China predispõem preparativos do país asiático para um potencial conflito militar com os Estados Unidos. Intitulado “Estratégia Cibernética de 2023”, o relatório observa que a China se envolveu em campanhas prolongadas de espionagem cibernética, roubo e comprometimento contra infraestruturas críticas dos Estados Unidos, incluindo a Base Industrial de Defesa (DIB). No caso de uma guerra, o Departamento de Defesa acredita que a China provavelmente lançará ataques cibernéticos destrutivos contra o país para dificultar a mobilização militar, semear o caos e desviar a atenção e os recursos. Como resultado dessas ameaças, o Departamento de Defesa disse que as operações no ciberespaço são indispensáveis para a força militar e dissuasão integrada dos Estados Unidos e seus aliados. O Departamento de Defesa definiu quatro estratégias que prosseguirá para fazer face às ciberameaças atuais e futuras: 1) Defender a nação; 2) Preparar-se para lutar e vencer as guerras da nação; 3) Proteger o domínio cibernético com aliados e parceiros; e, 4) Construir vantagens duradouras no ciberespaço [5].

5. A guerra no espaço entre Estados Unidos e China e suas consequências

A guerra no espaço entre os Estados Unidos e a China dá seus primeiros passos. China e Estados Unidos avançam na militarização do espaço com missões secretas. Com o lançamento do veículo X-37B, os Estados Unidosnbsp;avançam na escalada pela militarização do espaço. Esta é a sétima missão conduzida pela frota de miniônibus espaciais não tripulados desenvolvidos pela Boeing e hoje pertencente à Força Espacial americana. O lançamento ocorre depois que anbsp;Chinanbsp;levou ao espaço seu próprio miniônibus espacial, em sua terceira missão. Em ambos os casos, os militares fazem enorme segredo das atividades que serão realizadas no espaço. A cada nova missão do X-37B, seu tempo de estadia no espaço tem aumentado. Se o primeiro voo, em 2010, durou 224 dias, o sexto, iniciado em 2020, se estendeu por 908 dias –quase três anos– antes do retorno à Terra. Essa, por sinal, é uma das características únicas desses miniônibus espaciais a exemplo de seus irmãos maiores desenvolvidos pelanbsp;NASAnbsp;e lançados entre 1981 e 2011, porque eles sobem propelidos por foguetes e descem como planadores, usando asas para se guiar a uma pista de pouso. Como são menores e não tripulados, são ainda mais versáteis que os antigos veículos da NASA e capazes de missões muito mais longas ideais para aplicações militares. O que esses veículos vão fazer no espaço? Do ponto de vista militar, eles podem servir essencialmente a quatro propósitos: incremento de força, apoio espacial, controle espacial e aplicação de força [6].

Os Estados Unidos avançam, portanto, na escalada pela militarização do espaço com o lançamento do miniônibus espacial X-37B. Como incremento de força, o veículo poderia oferecer inteligência e reconhecimento de terreno (função de satélite-espião), comunicações e meteorologia. No apoio espacial, o X-37B poderia ser usado para levar satélites ao espaço ou mesmo recuperar satélites danificados que é um perfil de missão que já existia para os ônibus espaciais da NASA, até o acidente com o Challenger, em 1986. Como elemento de controle espacial, ele poderia ter papéis ofensivo (prejudicando o funcionamento de satélites inimigos e mesmo os destruindo) e defensivo (monitorando o ambiente espacial e detectando ataques a satélites, evitando-os). Finalmente, como aplicação de força, ele poderia ser usado para atacar alvos terrestres. De acordo com especialistas, o veículo poderia ser equipado com armas de precisão como mísseis hipersônicos guiados por laser ou GPS, que poderiam ser usadas para atacar alvos no  território inimigo [6].

Mantendo a máxima discrição, o Pentágono diz que a missão cobrirá uma vasta gama de testes e objetivos experimentais. Esses testes incluem operar o avião espacial reutilizável em novos regimes orbitais, experimentar futuras tecnologias de reconhecimento do domínio espacial e investigar os efeitos de radiação sobre materiais fornecidos pela NASA. Traduzindo: voar mais alto e mais longe, espionar satélites em órbita e realizar experimentos científicos. A única coisa certa é que as duas maiores potências espaciais do século 21, Estados Unidos e China estão ampliando o escopo de suas ações militares no espaço, o que, como tantas coisas por esses tempos, soa tão inevitável quando indesejável para o futuro da humanidade [6].

6. A 3ª Guerra Mundial é evitável ou inevitável?

O recrudescimento das guerras comercial, financeira, tecnológica, cibernética e no espaço  entre os Estados Unidos e a China colocam a possibilidade da eclosão, no plano militar, da 3ª Guerra mundial envolvendo estas duas grandes potências econômicas e militares e seus respectivos aliados. Na era contemporânea, constata-se o declínio dos Estados Unidos como potência hegemônica e a ascensão da China que tende a exercer este papel no futuro próximo. Esta situação já aconteceu no passado ao longo da história da humanidade quando, por exemplo, a Holanda superou econômica e militarmente a Espanha e se impôs como potência hegemônica do fim do Século XVI até a maior parte do Século XVIII.  O mesmo aconteceu com a Inglaterra que se impôs como potência hegemônica da segunda metade do Século XVIII até o início do Século XX suplantando econômica e militarmente a Holanda e depois de derrotar militarmente a França em Waterloo em 1815 que ambicionava também o poder mundial. A Inglaterra, potência hegemônica nos séculos XVIII e XIX, foi desafiada no final do século XIX e início do século XX pela Alemanha que lutava pela redivisão do mundo da qual resultou a 1ª e 2ª Guerra Mundial. Após a Segunda Grande Guerra, quando o mundo foi dividido em duas áreas de influência, uma liderada pelos Estados Unidos e outra pela União Soviética, foi estruturado um sistema bipolar que durou quase meio século sob o risco da eclosão de uma guerra nuclear. O desmoronamento da União Soviética em 1989 levou os Estados Unidos a exercerem sua hegemonia no mundo sem contestação até o início do século XXI. A hegemonia dos Estados Unidos está sendo agora ameaçada pela China.

O exercício da liderança consensual global pelos Estados Unidos, que havia depois da 2ª Guerra Mundial até a década de 1990, chegou ao fim com a crise da prosperidade econômica e do poderio militar norte-americano do pós-guerra [10]. O declínio dos Estados Unidos se acentuou na primeira década do século XXI ao tempo em que ocorreu a ascensão econômica da China que pode assumir a condição de maior potência mundial em meados do século XXI. A China se tornou um gigante econômico, uma parte vital e integral da cadeia de suprimentos global e o parceiro comercial mais importante para diferentes países de todo o mundo. Entretanto, não fica claro se haverá um final feliz para a humanidade. Será que a ascensão da China aumenta a probabilidade de guerra entre as grandes potências? Haverá uma nova era de tensão entre Estados Unidos e China tão perigosa quanto foi a Guerra Fria entre Estados Unidos e a União Soviética? Se a prosperidade da China acontecer às custas da inviabilização da recuperação das economias dos Estados Unidos e da União Europeia e, também, da economia mundial, poderia levar os Estados Unidos e outros países a confrontar a China. Este processo poderia gerar uma situação similar à Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. Robert D. Kaplan, jornalista norte-americano estudioso de política internacional, afirma que a emergência da China como uma superpotência é inevitável e que conflitos de interesses com os Estados Unidos serão incontornáveis. Ele admite uma confrontação militar entre os Estados Unidos e a China [11].

Outra possibilidade é a de que a China seja bem-vinda à ordem existente e que se admita que prospere dentro dela. Esta situação poderia resultar da interdependência econômica existente entre os Estados Unidos e a China porque esta depende do mercado e dos investimentos norte-americanos e os Estados Unidos precisam do Banco Central chinês para comprar boa parte dos títulos da dívida pública dos Estados Unidos. Esta situação reforça a posição defendida por Henry Kissinger, ex-Secretário de Estado norte-americano, que entendia que o interesse americano seria muito mais facilmente alcançado a partir da cooperação com a China.  James Pinkerton, escritor e analista político norte-americano, é um duro crítico da estratégia de contenção militar proposta por Robert Kaplan e da proposta de acomodação de Kissinger. Pinkerton se opõe a Kaplan porque considera inviável uma coalizão suficientemente ampla para o enfrentamento da China nos moldes da organizada para derrotar a Alemanha na 2ª Guerra Mundial. Pinkerton propõe que, ao invés do enfrentamento direto, o governo dos Estados Unidos coloque as atuais potências asiáticas (Índia, China e Japão) umas contra as outras [11].

Pelo exposto, pode-se afirmar que são três os cenários deste conflito:

1) Se a prosperidade da China acontecer às custas da inviabilização da recuperação das economias dos Estados Unidos e da União Europeia e, também, da economia mundial, poderia levar os Estados Unidos e outros países a confrontar a China. Este processo poderia gerar uma situação similar à Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. A emergência da China como uma superpotência é inevitável e que conflitos de interesses com os Estados Unidos serão incontornáveis disto resultando uma confrontação militar entre os Estados Unidos e a China com a eclosão da 3ª Guerra Mundial.

2) A ascensão da China como potência hegemônica poderá ser bem-vinda à ordem existente. Esta situação seria consequência da interdependência econômica existente entre os Estados Unidos e a China porque esta depende do mercado e dos investimentos norte-americanos e os Estados Unidoss Unidos. Esta situação reforça a posição defendida por Henry Kissinger, ex-Secretário de Estado norte-americano, que entendia que o interesse americano seria muito mais facilmente alcançado a partir da cooperação com a China.  James Pinkerton, escritor e analista político norte-americano, é um duro crítico da estratégia de contenção militar proposta por Robert Kaplan e da proposta de acomodação de Kissinger. Pinkerton se opõe a Kaplan porque considera inviável uma coalizão suficientemente ampla para o enfrentamento da China nos moldes da organizada para derrotar a Alemanha na 2ª Guerra Mundial. Pinkerton propõe que, ao invés do enfrentamento direto, o governo dos Estados Unidos coloque as atuais potências asiáticas (Índia, China e Japão) umas contra as outras [11].

Pelo exposto, pode-se afirmar que são três os cenários deste conflito:

1) Se a prosperidade da China acontecer às custas da inviabilização da recuperação das economias dos Estados Unidos e da União Europeia e, também, da economia mundial, poderia levar os Estados Unidos e outros países a confrontar a China. Este processo poderia gerar uma situação similar à Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. A emergência da China como uma superpotência é inevitável e que conflitos de interesses com os Estados Unidos serão incontornáveis disto resultando uma confrontação militar entre os Estados Unidos e a China com a eclosão da 3ª Guerra Mundial.

2) A ascensão da China como potência hegemônica poderá ser bem-vinda à ordem existente. Esta situação seria consequência da interdependência econômica existente entre os Estados Unidos e a China porque esta depende do mercado e dos investimentos norte-americanos e os Estados Unidos pública dos Estados Unidos. Esta situação reforça a posição defendida por Henry Kissinger, ex-Secretário de Estado norte-americano, que entendia que o interesse americano seria muito mais facilmente alcançado a partir da cooperação com a China.  James Pinkerton, escritor e analista político norte-americano, é um duro crítico da estratégia de contenção militar proposta por Robert Kaplan e da proposta de acomodação de Kissinger. Pinkerton se opõe a Kaplan porque considera inviável uma coalizão suficientemente ampla para o enfrentamento da China nos moldes da organizada para derrotar a Alemanha na 2ª Guerra Mundial. Pinkerton propõe que, ao invés do enfrentamento direto, o governo dos Estados Unidos coloque as atuais potências asiáticas (Índia, China e Japão) umas contra as outras [11].

Pelo exposto, pode-se afirmar que são três os cenários deste conflito:

1) Se a prosperidade da China acontecer às custas da inviabilização da recuperação das economias dos Estados Unidos e da União Europeia e, também, da economia mundial, poderia levar os Estados Unidos e outros países a confrontar a China. Este processo poderia gerar uma situação similar à Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. A emergência da China como uma superpotência é inevitável e que conflitos de interesses com os Estados Unidos serão incontornáveis disto resultando uma confrontação militar entre os Estados Unidos e a China com a eclosão da 3ª Guerra Mundial.

2) A ascensão da China como potência hegemônica poderá ser bem-vinda à ordem existente. Esta situação seria consequência da interdependência econômica existente entre os Estados Unidos e a China porque esta depende do mercado e dos investimentos norte-americanos e os Estados Unidos precisam do Banco Central chinês para comprar boa parte dos títulos da dívida pública dos Estados Unidos. Neste cenário, o interesse americano seria alcançado a partir da cooperação com a China.

3) Como alternativa ao cenário 1 do enfrentamento direto entre Estados Unidos e China e seus aliados, o governo dos Estados Unidos faria com que as atuais potências asiáticas (Índia, China e Japão) se confrontassem umas contra as outras da qual poderia resultar o enfraquecimento econômico e militar da China. Os Estados Unidos seriam os grandes beneficiários neste cenário.

A China reagiu com previsível fúria ao anúncio oficial do chamado pacto Aukus, um acordo histórico de segurança que une Austrália, Estados Unidos e Reino Unido que é destinado a enfrentar a expansão militar chinesa na região do Indo-Pacífico. Pelo pacto, os australianos terão seu primeiro submarino nuclear fornecido pelos Estados Unidos. Serão no mínimo três. A partir de 2027, submarinos norte-americanos e britânicos ficarão estacionados em algumas cidades da Austrália. Entrando em um caminho perigoso, não levar em consideração preocupações da comunidade internacional e até arriscar uma nova corrida armamentista e de proliferação nuclear são apenas algumas das acusações feitas por Pequim ao trio de aliados. A China, a nação mais populosa do mundo, com o maior exército e a maior marinha do mundo se sente “encurralada” pelos Estados Unidos e seus aliados no Pacífico ocidental. Em resposta, o presidente Xi Jinping anunciou recentemente que a China aceleraria a expansão de seus gastos com Defesa e nomeou a segurança nacional como a principal preocupação dos próximos anos. Então, como chegamos a esse ponto? O mundo está se aproximando de um conflito catastrófico no Pacífico entre a China e os Estados Unidos e seus aliados? [12].

Militarmente, a China hoje é uma força que não pode ser subestimada. Nos últimos anos, o Exército Popular de Libertação, que comanda as forças militares chinesas, fez enormes avanços em tecnologia e inovação, bem como no poderio de seu arsenal de guerra. Os mísseis hipersônicos Dong Feng da China, por exemplo, podem viajar cinco vezes mais do que a velocidade do som e são armados com um explosivo potente ou um ogiva nuclear. Isso está fazendo a 7ª Frota da Marinha dos Estados Unidos, que atua no Oceano Pacífico e no Oceano Índico e tem base em Yokosuka, no Japão, reforce sua capacidade militar frente às numerosas baterias de mísseis da China em terra. A China também organizou um programa de rápida expansão de seus mísseis balísticos nucleares com o objetivo de triplicar o número de ogivas ao mesmo tempo em que constrói instalações subterrâneas para abrigar esse armamento em remotas regiões no oeste do país [12].

Nada disso, porém, significa que a China queira ir para a guerra. Quando se trata de Taiwan, Pequim prefere exercer uma pressão suficiente para que a ilha capitule e se submeta sem que os militares chineses disparem um único tiro. Portanto, embora as tensões tenham crescido muito agora e possam aparecer novos incidentes dentro desse conflito, ambos os lados — China e Ocidente — sabem que uma guerra no Pacífico seria catastrófica para todos. Apesar da retórica raivosa, a escalada desse enfrentamento não interessa a ninguém [12]

REFERÊNCIAS

1.      ALCOFORADO, Fernando. Da nova guerra fria, da guerra comercial, da guerra financeira e da guerra cibernética à 3ª guerra mundial. Disponível no website <https://pt.linkedin.com/pulse/da-nova-guerra-fria-comercial-financeira-e-%C3%A0-3%C2%AA-alcoforado>.

2. G1.GLOBO. EUA anunciam pacote de sanções para restringir produção de chips na China. Disponível no website <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/10/08/eua-anunciam-pacote-de-sancoes-para-restringir-producao-de-chips-na-china.ghtml>.

3.      DCIBER. Guerra do futuro: China e EUA disputam domínio da Inteligência Artificial. Disponível no website <https://dciber.org/guerra-do-futuro-china-e-eua-disputam-dominio-da-inteligencia-artificial/>.

4.      FORÇAS TERRESTRES. China revela invasão dos EUA aos servidores da Huawei desde 2009. Disponível no website <https://www.forte.jor.br/2023/09/23/china-revela-invasao-dos-eua-aos-servidores-da-huawei-desde-2009/#>.

5.     CISO ADVISOR. EUA veem atividade maliciosa da China como preparativo de guerra. Disponível no website <https://www.cisoadvisor.com.br/eua-ve-atividade-maliciosa-da-china-como-preparativo-de-guerra/>.

6.     NOGUEIRA, Salvador. China e EUA avançam em militarização do espaço com missões secretas. Disponível no website <https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2023/12/china-e-eua-disputam-primazia-com-avioes-espaciais-em-missoes-secretas.shtml>.

7.     RICKARDS, James. The death of money (A morte do dinheiro). Publicado pela Penguin Random House UK, 2014.

8.      COINTIMES. China compra 23 toneladas de ouro e bate recorde em reservas. Disponível no website <https://cointimes.com.br/china-compra-23-toneladas-de-ouro-e-bate-recorde-em-reservas/>.

9.     NOT@ALTA ESPM. Como funciona a moeda digital da China? Disponível no website <https://notaalta.espm.br/o-assunto-do-dia/como-funciona-a-moeda-digital-da-china/>.

10.  KENNEDY, Paul. Ascensão e queda das grandes potências. Publicado pela Editora Europa-America Pt, 1990.

11.  BRUSSI, Antônio José Escobar. A pacífica ascensão da China: perspectivas positivas para o futuro? Publicado na Revista Brasileira de Política Internacional, vol.51, no.1, Brasília, 2008.

12.  GARDNER, Frank. Uma guerra entre EUA e China está mais próxima? Disponível no website <https://www.bbc.com/portuguese/articles/cp3jxv0l555o>.

* Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).

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FERNANDO ANTONIO GONÇALVES ALCOFORADO, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).

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