Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo apresentar os impactos do aquecimento global e da consequente mudança climática sobre a saúde da população mundial e as soluções que permitam evitar sua ocorrência e suas maléficas consequências contra a humanidade. O aquecimento global já está impactando enormemente sobre a saúde da população mundial. A mudança climática resultante do aquecimento global afeta diretamente a saúde humana por meio de eventos climáticos extremos, da propagação de doenças transmitidas por vetores e outras doenças infecciosas e do agravamento da poluição do ar. Indiretamente, a mudança do clima afeta a saúde humana causando desnutrição, piorando as condições de trabalho e gerando estresse mental. O aumento na frequência das ondas de calor acarretará em uma duplicação ou até mesmo em uma triplicação até 2050 dos casos de infarto e doenças respiratórias. Haverá aumento também da quantidade de pessoas afetadas pela asma, das infecções transmitidas por mosquitos, dos casos de envenenamento por alimentos e as infecções virais, como a gripe aviária e a pneumonia atípica (SARS) [1].
O calor extremo é uma das principais causas de morte relacionadas com o clima. A combinação de mudanças climáticas com a urbanização continua a intensificar os extremos de calor em todo o mundo. O estresse térmico afeta a produtividade e pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, respiratórias e renais. Mesmo o aquecimento com a elevação da temperatura de 1°C reduz potencialmente a produtividade entre 1% e 3% daqueles que trabalham ao ar livre. Populações pobres e sem acesso ao ar condicionado serão as mais afetadas, pois terão mais dificuldade de escapar do calor extremo. O estresse térmico combinado com esforço físico e falta de hidratação pode causar a doença renal crônica (DRC), que diminui a função renal ao longo do tempo. A DRC afeta desproporcionalmente populações pobres e trabalhadores manuais que trabalham em condições térmicas quentes [1].
As mortes relacionadas aos efeitos do calor extremo podem quase quintuplicar nas próximas décadas, segundo um relatório feito por mais de 100 especialistas de 52 instituições de pesquisas e agências da ONU de todo o mundo, que monitora os impactos das mudanças climáticas na saúde. As conclusões foram publicadas na revista The Lancet. Os especialistas alertam que “a saúde da humanidade está em grave perigo“. O relatório informa que em um cenário de aumento médio da temperatura de 2ºC na comparação com o período pré-industrial até o fim deste século, as mortes vinculadas ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050. As projeções de um mundo 2°C mais quente revelam um futuro perigoso e são um lembrete sombrio de que o ritmo e a escala dos esforços de mitigação observados até agora têm sido lamentavelmente inadequados para proteger a saúde e a segurança das pessoas [2].
Pessoas com mais de 65 anos têm sido as mais vulneráveis ao aumento das temperaturas. As mortes nessa faixa etária atribuídas ao aumento das temperaturas subiram 85% na última década (2013-2022), em comparação com o número de pessoas que morreram durante o período de 1991-2000. Os cientistas destacam que o calor é apenas um dos fatores climáticos que podem contribuir para o aumento da mortalidade. Ondas de calor mais frequentes poderão fazer com que cerca de 525 milhões de pessoas sofram de insegurança alimentar moderada ou grave até a metade deste século, aumentando o risco global de desnutrição. As doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36%. Já estamos vendo a catástrofe acontecendo para a saúde e a subsistência de bilhões de pessoas ao redor do mundo, ameaçados por ondas de calor recordes, secas devastadoras para as colheitas, níveis crescentes de fome, surtos crescentes de doenças infecciosas, tempestades e inundações fatais [2].
Poderá haver redução da disponibilidade de alimentos. Os problemas de disponibilidade de alimentos se tornarão mais pronunciados à medida que a temperatura global aumentar. Para cada grau de aumento de temperatura, a produção mundial de trigo cai em 6% e a produção mundial de arroz cai em 10%. Mudanças na precipitação pluviométrica, aumento na temperatura média do planeta e mudanças na composição do solo são fatores determinantes para o crescimento e a qualidade das lavouras. A mudança climática pode reduzir o valor nutricional das lavouras, fazendo com que a subnutrição seja considerada por alguns pesquisadores como o maior impacto potencial da mudança climática na saúde neste século. Novas pesquisas sugerem que em um mundo mais quente o metabolismo dos insetos aumente, fazendo com que estes comam mais e aumentem as perdas nas lavouras [1].
Poderá haver escassez de água. O aquecimento das camadas de geleiras está impactando o suprimento de água doce. O Oriente Médio, a Índia, a Antártida e a Groenlândia estão enfrentando uma significativa perda de água doce. 80% da população mundial já está enfrentando ameaças à sua segurança hídrica, incluindo disponibilidade de água, demanda por água e sua poluição. As populações que vivem em áreas baixas sofrem maior risco de inundação e contaminação de suas fontes de água doce pela elevação do nível do mar e pela salinização do solo. Temperaturas mais altas das águas, aumento de chuvas e secas podem aumentar a poluição da água e prejudicar a saúde humana [1].
Poderá ocorrer doenças transmitidas por vetores. As mudanças na temperatura, precipitação e umidade fazem com que haja o aumento do risco de transmissão de doenças. É esperado que a mudança climática resultante do aquecimento global mude os padrões de doenças com algumas regiões enfrentando aumentos, enquanto outras podem ter reduções. A malária, a dengue, a encefalite japonesa e a encefalite transmitida por carrapatos são doenças infecciosas transmitidas por insetos que serão provocadas pela mudança climática. A poluição do ar é hoje um dos principais fatores de risco à saúde, levando a aumentos importantes da mortalidade e da morbidade via doenças cardiovasculares e pulmonares. A poluição do ar em todo o mundo frequentemente causada pelo uso dos mesmos combustíveis fósseis que causam a mudança climática pode fazer com que esta venha a piorar os efeitos da poluição do ar. A poluição do ar é um grande problema principalmente nas áreas urbanas [1].
O uso desenfreado dos recursos naturais e a degradação ambiental têm hoje efeito direto na saúde das pessoas, na geração e distribuição de renda, na desigualdade e nas migrações em massa. Apesar de inúmeros alertas e avisos da ciência, mais uma vez, não nos preparamos como deveríamos. Como temos observado, práticas como a escassez de investimentos em saúde e em ciência, levam ao aumento de óbitos por doenças tropicais. Independentemente do tempo que levaremos para encontrar a cura, cientistas fazem alertas da possibilidade de surgimento de novas doenças já há algum tempo. O próprio degelo das calotas polares nos traz riscos associados a isso. É momento de não apenas buscar a cura para doenças pontuais, mas resolver sua causa. Muitos cientistas relacionam o surgimento de doenças virais com a degradação ambiental, falta de práticas sanitárias e destruição de ecossistemas naturais, além de haver uma correlação entre mudanças de temperatura e proliferação de organismos patogênicos. As temperaturas médias anuais do planeta continuarão a subir, o que pode favorecer o surgimento de novas doenças e o agravamento das atuais [3].
O texto do Estado do Clima 2023 não traz notícias muito animadoras para a natureza e para os seres humanos. Segundo os achados científicos apresentados, 20 dos 35 sinais planetários vitais usados para acompanhar as mudanças climáticas estão atingindo recordes extremos. A Terra está à beira de 5 pontos irreversíveis de mudanças climáticas. Eles incluem aspectos como a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, perda de árvores para incêndios florestais, mudanças no nível dos mares, massa de gelo antártico, número de dias muito quentes e acidez do oceano. Segundo conta William Ripple, cientista que comanda o estudo, em um comunicado à imprensa, a vida na Terra está “claramente sob cerco”. O cientista afirma que “as tendências estatísticas mostram padrões profundamente alarmantes de variáveis e desastres relacionados ao clima”. Em 2023, já foram vistos 38 dias com média global de temperatura em mais de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, um marco importante para o planeta. Até este ano, dias assim eram bastante raros. Em julho de 2023, foi registrada a maior temperatura média da Terra desde que esse dado foi registrado [4].
O estudo Aviso dos Cientistas Mundiais sobre a Emergência Climática, publicado em 2019, mostra que os sinais estão piorando muito desde então. Segundo Ripple, cientista que comanda o estudo, é evidente que o chamado Sul Global, representado pelos países em desenvolvimento e as comunidades desprivilegiadas serão os mais atingidos pelas mudanças climáticas, mas, ironicamente, são os que menos contribuem para a criação do problema. A utilização de combustíveis fósseis só tem recebido incentivos, mas é uma das atividades humanas que mais impacta no aumento global de temperatura. Se quisermos que o planeta seja habitável no próximo século, precisamos escolher fontes de energia mais sustentáveis. Segundo cientistas, a frequência e severidade de desastres relacionados com o clima pode ficar mais preocupante do que o “mero” aumento de temperatura no final do século XXI, quando estima-se que de 3 a 6 bilhões de pessoas poderão estar fora da zona habitável da Terra, onde o calor será severo, a disponibilidade de comida será baixa e a taxa de mortalidade alta. Pouco tem sido feito para resolver este problema, muito pelo contrário [4].
Tudo isto demonstra a ineficácia das reuniões da ONU visando o combate ao aquecimento global e à consequente mudança climática porque muitas das decisões que foram tomadas nas diversas COPs realizadas não foram colocadas em prática. Para mudar essa situação que ameaça a saúde da população mundial, é necessário reestruturar a ONU para ela adquirir a autoridade para evitar a mudança climática catastrófica que se anuncia para o futuro do planeta Terra. A reestruturação da ONU é necessária, não apenas para evitar a eclosão da 3ª Guerra Mundial, a ocorrência de pandemias e as ameaças provocadas pelas forças da natureza existentes no planeta Terra e as ameaças vindas do espaço exterior, mas também para evitar a mudança climática catastrófica global.
No momento atual, a ONU atua de forma bastante limitada e ineficaz no enfrentamento das questões relacionadas com o meio ambiente lidando fundamentalmente com as questões das mudanças climáticas através do IPCC (Painel Intergovernamental da Mudança Climática). A ONU atua, também, de forma limitada e ineficaz no enfrentamento das pandemias através da OMS (Organização Mundial de Saúde) e, também, de forma limitada e ineficaz no enfrentamento das questões relacionadas com a guerra e a paz mundial com o Conselho de Segurança composto pelos países vencedores da 2ª Guerra Mundial (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França) todos eles com poder de veto.
Estas estruturas da ONU têm sido incapazes para lidar com as ameaças acima descritas. O objetivo do IPCC (Painel Intergovernamental da Mudança Climática) está limitado apenas ao combate à mudança climática não perseguindo, por exemplo, a mudança do atual modelo de sociedade no sentido de transformá-la em sociedade sustentável. O objetivo da OMS é apenas de lidar com uma das dimensões da questão das pandemias que é a da saúde pública e a produção de vacinas não lidando com o combate aos vetores causadores das pandemias que se encontram no meio ambiente. A ineficácia do Conselho de Segurança da ONU para assegurar a paz mundial vem sendo constatada desde sua constituição após a 2ª Guerra Mundial diante da multiplicidade de guerras que ocorreram desde o final da 2ª Guerra Mundial, fato este que exige a constituição de uma nova estrutura que seja capaz de mediar e evitar os conflitos internacionais e, sobretudo, a eclosão da 3ª Guerra Mundial [5].
A ONU precisa ser reestruturada no sentido de coordenar as ações voltadas para evitar a extinção da humanidade de ameaças provocadas pelos seres humanos, pelas forças da natureza oriundas do planeta Terra e aquelas vindas do espaço exterior. Para alcançar estes objetivos, a ONU deveria adquirir o status de governo mundial. Nem a ONU atual e nenhum país por mais poderoso que seja não poderão realizar esta tarefa. A existência de um governo mundial democrático traduziria o estágio mais avançado de evolução da humanidade ao criar as condições para uma verdadeira integração política, econômica, social, científica, tecnológica e ambiental de todos os países do mundo com base em um contrato social planetário aprovado por todos os povos do mundo. O governo democrático mundial é absolutamente necessário para coordenar a ação de todos os países do mundo nos níveis da economia global, do meio ambiente, da ciência e tecnologia e, sobretudo, para assegurar a paz mundial em nosso planeta e evitar a extinção da humanidade. O novo sistema internacional deveria funcionar com base em um Contrato Social Planetário. O Contrato Social Planetário seria a Carta Magna dos povos do planeta Terra [5].
Para combater o aquecimento global e evitar a mudança climática catastrófica global, a nova ONU a ser reestruturada como governo mundial deveria coordenar as ações globais para fazer com que o progresso ambiental em cada país e globalmente seja baseado no modelo desenvolvimento sustentável para garantir que as necessidades das gerações atuais ocorram sem comprometer as necessidades das gerações futuras pondo fim à constante degradação ambiental que se caracteriza pelo esgotamento dos recursos naturais do planeta e pela mudança climática que ameaçam o futuro da humanidade. A insustentabilidade do modelo atual de desenvolvimento capitalista é evidente, uma vez que tem sido extremamente destrutiva das condições de vida no planeta. Diante disso, é imperativo substituir o atual modelo econômico capitalista dominante em todo o mundo por outro que leve em conta o homem integrado ao meio ambiente, com a natureza, ou seja, o modelo de desenvolvimento sustentável que só poderá ser alcançado com a celebração de um Contrato Social Planetário que estabeleceria as bases das relações entre os países em termos de meio ambiente e das relações entre os seres humanos e a natureza [5].
Pelo exposto, a humanidade está diante de dois cenários: 1) reestruturar a ONU para evitar a mudança climática catastrófica global; ou, 2) manter o “status quo” contribuindo para a ocorrência da mudança climática catastrófica global que atenta contra a vida no planeta.
REFERÊNCIAS
- ALCOFORADO, Fernando. Aquecimento global, mudança climática global e seus impactos sobre a saúde humana. Disponível no website <https://www.linkedin.com/pulse/aquecimento-global-mudan%C3%A7a-clim%C3%A1tica-e-seus-impactos-sobre-fernando/>.
- G1. GLOBO. Mortes relacionadas ao calor extremo podem aumentar em quase cinco vezes até 2050, alerta relatório. Disponível no website <https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2023/11/15/mortes-relacionadas-ao-calor-extremo-podem-aumentar-quase-em-cinco-vezes-ate-2050-alerta-relatorio.ghtml>.
- BENINI, Rubens. Para a saúde do planeta. Disponível no website <https://www.tnc.org.br/conecte-se/comunicacao/artigos-e-estudos/para-a-saude-do-planeta/>.
- COSTA, Augusto Dala. Vida no planeta está ameaçada, segundo novo reporte climático de cientistas. Disponível no website <https://www.terra.com.br/byte/vida-no-planeta-esta-ameacada-segundo-novo-reporte-climatico-de-cientistas,c8a0efabb1cdc7f7f0991e598c5fcdf5qq3qw6hq.html#:~:text=A%20vida%20no%20planeta%20est%C3%A1,s%C3%A9culo%2C%20segundo%20novo%20reporte%20clim%C3%A1tico&text=O%20reporte%20do%20Estado%20do,natureza%20e%20aos%20seres%20humanos>.
- ALCOFORADO, Fernando. A ONU reestruturada para defender a humanidade contra ameaças à sua extinção. Disponível no website <https://www.linkedin.com/pulse/onu-reestruturada-para-defender-humanidade-contra-%C3%A0-sua-alcoforado-a5kde/>.
- * Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).