Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo demonstrar que a globalização contemporânea caminha celeremente rumo ao colapso e propor novos rumos para o futuro da economia mundial. Cabe observar que globalização significou a partir de 1980 a quebra de barreiras tarifárias, cotas e outras restrições comerciais, permitindo assim que as empresas multinacionais operassem livremente e transferissem os seus investimentos para áreas de mão de obra barata com a finalidade de aumentar sua lucratividade. O pressuposto foi o de que isso levaria à expansão global e ao desenvolvimento harmonioso das forças produtivas e ao crescimento dos recursos do mundo que, de fato, não aconteceu. Os sinais do colapso da globalização econômica e financeira contemporânea já estavam se apresentando a partir de 2010 quando a relação entre as exportações mundiais e o PIB mundial caiu cerca de 12%, um declínio não visto desde a década de 1970. Na Figura 1, pode-se observar que as exportações mundiais cresceram de 1870 a 1914, decaíram entre 1914 e 1945 (entre guerras mundiais) e retomaram o crescimento de 1945 a 2008. A partir de 2008, as exportações mundiais passaram a apresentar declínio com a queda na relação entre as exportações mundiais e o PIB mundial.
Figura 1- Razão entre exportações totais e o PIB mundial entre 1870 e 2007
Fonte: https://aterraeredonda.com.br/acabou-o-impulso-de-globalizacao/
A tendência de colapso da globalização econômica e financeira é demonstrada não apenas pela queda na relação entre as exportações mundiais e o PIB mundial, mas também em consequência da queda na taxa de lucratividade global conforme mostra a Figura 2.
Figura 2- Taxa de lucro média dos países do G20 (%)
Fonte: https://aterraeredonda.com.br/acabou-o-impulso-de-globalizacao/
Michael Roberts, economista, co-editor, entre outros livros, de “The Great Recession: a Marxist View”, “The Long Depression” e “Marx 200: a Review of Marx’s Economics 200 years after his Birth” e autor do blog “The Next Recession” (https://thenextrecession.wordpress.com), afirma em seu artigo Acabou o impulso de globalização?, disponível no website <https://aterraeredonda.com.br/acabou-o-impulso-de-globalizacao/>, que a última onda de globalização começou a diminuir pouco antes do início dos anos 2000, quando a lucratividade global passou a recuar, tal como mostra a Figura 2 acima para a taxa de lucro média dos países do G20 que é composto pelos países da União Europeia, além dos seguintes países: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.
Michael Roberts afirma em seu artigo Acabou o impulso de globalização? que, na década de 1990, o comércio mundial cresceu 6,2% ao ano, o investimento direto estrangeiro (IDE) aumentou 15,3% ao ano e o PIB global se elevou em 3,8% ao ano. Mas, na longa depressão da década de 2010, o comércio cresceu apenas 2,7% ao ano, mais lento do que o PIB global em 3,1%, enquanto o IDE aumentou apenas 0,8% ao ano. O resultado da globalização tem sido a destruição de todas as antigas indústrias nacionais estabelecidas e, no lugar da antiga autossuficiência local e nacional se estabeleceu a interdependência entre as nações. A interdependência entre as nações que era um dos pontos fortes da globalização contemporânea se constitui agora no seu contrário ao contribuir para o seu fim.
Os sinais de colapso da globalização contemporânea se manifesta, também, com a tendência de queda da taxa de lucro mundial (Figura 3), da queda da taxa de lucro nos Estados Unidos (Figura 4) e da queda na taxa de crescimento do Produto Mundial Bruto (Figura 5).
A Figura 3 apresenta a taxa de lucro mundial de 1869 a 2007 com manifesta tendência de queda no seu crescimento.
Figura 3- Taxa de lucro mundial
Fonte: <https://contrapoder.net/artigo/a-taxa-e-a-massa-de-lucros/>.
Na Figura 3, percebe-se claramente a queda vertiginosa na taxa de lucro mundial de 1965 a 1983, quando ocorreu pequena recuperação da taxa de lucro após a adoção do modelo neoliberal no nível mundial de 1983 a 1995. Entretanto, de 1995 até 2007, a queda na taxa de lucro mundial aponta a ameaça de crise que ocorreu em 2008 e de depressão que não evoluiu porque os governos atuaram no sentido de evitar a debacle do sistema capitalista mundial.
A Figura 4 apresenta a taxa de lucro dos Estados Unidos cuja tendência de queda de 1946 a 2012 é similar à tendência de queda da taxa de lucro mundial apresentada na Figura 3.
Figura 4- Taxa de lucro nos Estados Unidos
A Figura 5 apresenta a taxa de crescimento real do Produto Bruto Mundial e dos Produtos Financeiros (derivativos). Nela, constata-se a tendência de queda no crescimento do Produto Mundial Bruto de 1961 a 2007.
Figura 5- Taxas de crescimento real do Produto Bruto Mundial e dos Produtos Financeiros (derivativos)
Fonte: BEINSTEIN, Jorge. Rostos da crise: Reflexões sobre o colapso da civilização burguesa. Disponível no website <https://www.marxists.org/portugues/beinstein/2008/10/31.htm>, 2008.
A Figura 3 apresenta a evolução da taxa de lucro do sistema capitalista mundial de 1869 a 2007 apontando seu declínio neste período. Se for considerada a evolução da taxa de lucro do sistema capitalista mundial do período 1869- 1947 e, for mantida a tendência de queda desta taxa de lucro no período mais recente, 1947- 2007, a taxa de lucro do sistema capitalista mundial tenderia para o valor igual a zero em 2037. A Figura 4 apresenta a evolução da taxa de lucro nos Estados Unidos de 1946 a 2012 apontando seu declínio neste período. Se for mantida a tendência de queda desta taxa de lucro nos próximos anos, a taxa de lucro nos Estados Unidos alcançará o valor zero em 2043. A Figura 5 apresenta a evolução do Produto Mundial Bruto de 1961 a 2007 apontando seu declínio neste período. Se for mantida a tendência de queda na taxa de crescimento do Produto Mundial Bruto nos próximos anos, esta taxa alcançará o valor zero em 2053. Estas estimativas foram obtidas com base no método dos mínimos quadrados da Estatística.
Conclui-se, pelo exposto, que o sistema capitalista mundial ficaria inviabilizado em meados do século XXI (2037, 2043 ou 2053) quando cessará o processo de acumulação do capital com as taxas de lucro global e de crescimento da economia mundial alcançando o valor zero. A tendência decrescente das taxas de lucro no sistema capitalista mundial mostra o caráter histórico, transitório do modo de produção capitalista e o conflito que se estabelece com as possibilidades de continuar seu desenvolvimento. Assim, as bases da teoria de Marx apresentadas em sua obra O Capital estão sendo confirmadas. Karl Marx previu que a taxa de lucro tenderá a cair no longo prazo, década após década. Não só haverá altos e baixos em cada ciclo de “boom” e crise, mas também haverá uma tendência à queda no longo prazo, tornando cada “boom” mais curto e cada queda mais profunda.
Pode-se afirmar que a globalização econômica e financeira e o livre comércio trouxeram ganhos para poucas empresas e poucos países e suas populações. As corporações transnacionais transferiram suas atividades para áreas em que a mão de obra era mais barata e adotaram novas tecnologias que exigem menos mão de obra na luta pela lucratividade. Em vez de um desenvolvimento harmonioso e igualitário, a globalização contemporânea aumentou a desigualdade de riqueza e renda, tanto entre as nações quanto dentro delas. Sob a livre circulação de capitais pertencentes às empresas transnacionais, assim como sob o livre comércio sem tarifas e restrições, os grandes capitais mais eficientes triunfaram às custas dos mais fracos e ineficientes. Em consequência, os trabalhadores desses últimos setores foram também atingidos. Com o colapso da globalização, é pouco provável que o capitalismo ganhe um novo sopro de vida baseado em lucratividade crescente e sustentada. É improvável que o capitalismo retome a lucratividade do passado diante da perspectiva de aprofundamento da crise atual e talvez de mais guerras no futuro. É inevitável o colapso da globalização econômica e financeira.
Diante do fracasso e do colapso da globalização contemporânea, urge edificar uma nova globalização com o Keynesianismo global e o governo mundial para ordenar a economia mundial. A política econômica Keynesiana adotada em cada país e globalmente e a existência de um governo mundial são as soluções para fazer frente ao colapso da globalização contemporânea e eliminar o caos que caracteriza a economia mundial. John Maynard Keynes foi o maior expoente do pensamento econômico liberal neoclássico vinculado à Escola Neoclássica Sueca que, com suas obras, promoveu uma revolução na doutrina econômica, opondo-se, principalmente, ao pensamento marxista e ao pensamento liberal clássico. Sua obra principal foi A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda lançada em 1936. O pensamento econômico de Keynes defende o Estado como um agente ativo contra a recessão e alta no desemprego. Por exigir um governo maior como decisor na economia de um país, o Keynesianismo se posicionou contra o pensamento liberal clássico e as demais escolas do pensamento liberal neoclássico que defendem um Estado o menor possível.
Keynes acreditava que o capitalismo poderia superar seus problemas estruturais como sistema econômico desde que fossem feitas reformas significativas na economia de cada país como ele propôs haja vista que o capitalismo liberal, que dominou a economia mundial até 1945, havia se mostrado incapaz de manter o pleno emprego e assegurar a estabilidade econômica. Keynes defendia a intervenção moderada do Estado para alcançar a estabilidade econômica e assegurar o pleno emprego na economia de um país. Keynes afirmava que compete ao Estado incentivar o aumento dos meios de produção e a boa remuneração dos detentores do capital. O pensamento Keynesiano deixou algumas tendências que prevalecem até hoje no atual sistema econômico. Dentre as principais, a utilização de modelos macroeconômicos, o intervencionismo estatal moderado e o uso da matemática na ciência econômica.
O liberalismo neoclássico foi bem sucedido com o Keynesianismo após a 2ª Guerra Mundial quando contribuiu decisivamente para o desenvolvimento econômico da maioria dos países do mundo de 1945 até 1965 que é denominado “golden age” (era de ouro). Cabe observar que nos “anos gloriosos”, foram registrados índices ímpares de crescimento econômico e geração de emprego e renda na economia mundial e a combinação de crescimento econômico com mão-de-obra plenamente empregada, com salários razoáveis e protegida pelo Estado de bem-estar social especialmente nos países da Europa Ocidental. O Keynesianismo deixou de ser eficaz na década de 1970 com a queda no crescimento econômico mundial após os denominados “anos gloriosos” (1945/1965), porque não foi capaz de solucionar as duas crises do petróleo e a crise da dívida de grande parte dos países do mundo que ficaram insolventes junto aos bancos internacionais.
O Keynesianismo foi abandonado como pensamento econômico dominante na década de 1980 e substituído pelo pensamento econômico neoliberal que se opõe ao pensamento econômico marxista e ao pensamento liberal neoclássico Keynesiano de bem-estar social e propõe a restauração do pensamento econômico liberal clássico tendo como base uma visão econômica conservadora que pretende diminuir ao máximo a participação do Estado na economia não apenas no nível nacional, mas também no nível mundial cuja expectativa era de promover a retomada do crescimento da taxa de lucro mundial do sistema capitalista. No entanto, o neoliberalismo que substituiu o Keynesianismo fracassou, também, porque a taxa de lucro mundial e o crescimento econômico mundial continuaram em declínio não impedindo a eclosão da crise mundial de 2008 e o caos se estabeleceu na economia mundial graças à ausência de regulamentação econômica e financeira global.
Diante do fracasso do neoliberalismo e de sua incapacidade de lidar com a crise global do capitalismo, o Keynesianismo poderia ser a solução desde que que ele fosse aplicado em cada país e globalmente, isto é, ele operaria no planejamento econômico, não apenas ao nível nacional para obter estabilidade econômica e o pleno emprego dos fatores em cada país, mas também ao nível mundial para eliminar o caos econômico global que predomina atualmente com o neoliberalismo. O Keynesianismo deveria ser adotado, também, ao nível planetário visando assegurar a estabilidade econômica e o pleno emprego dos fatores globalmente. Com o Keynesianismo em cada país e globalmente, haveria a coordenação de políticas econômicas Keynesianas em nível planetário que só poderia ser realizada com a existência de um governo mundial. Esta seria a forma de obter a estabilidade da economia mundial para eliminar o caos que caracteriza a globalização neoliberal dominante atualmente em todo o mundo.
É importante observar que o capitalismo é um sistema complexo, dinâmico, adaptativo e não linear porque possui elementos ou agentes em grande número que interagem entre si formando uma ou mais estruturas que se originam das interações entre tais agentes. A Teoria do Caos explica o funcionamento de sistemas complexos e dinâmicos como o sistema capitalista. De acordo com a Teoria do Caos, os sistemas entram em um estado de caos quando flutuações que eram, até então, corrigidas por “feedback” ou realimentações autoestabilizadoras ficam fora de controle. A trajetória de desenvolvimento torna-se não linear: tendências predominantes colapsam e em seu lugar surgem vários desenvolvimentos complexos. Raramente o caos é uma condição prolongada. Na maior parte dos casos, é apenas uma época transitória entre estados mais estáveis.
Para gerir um sistema complexo como o capitalismo, é preciso criar mecanismos de “feedback” e controle pelo governo mundial para assegurar a estabilidade do sistema econômico. Com o Keynesianismo global adotado no planejamento da economia mundial e a existência de um governo mundial seria possível eliminar o caos gerador de incertezas que caracteriza a economia mundial sujeita a instabilidades constantes. A eliminação do caos ou atenuação da instabilidade e da incerteza com suas turbulências e seus riscos na economia mundial só será alcançada com a existência de um governo mundial que atuaria para assegurar a coordenação entre as políticas econômicas Keynesianas adotadas em cada país e globalmente. Para ser eficaz, o governo mundial deveria adotar o processo de planejamento Keynesiano da economia que contribua para eliminar a instabilidade e a incerteza com suas turbulências e seus riscos.
A adoção dessas medidas com o Keynesianismo global requer a existência de um governo mundial para coordenar a expansão da economia em cada país e globalmente. A humanidade só caminhará rumo a uma efetiva integração econômica, inicialmente, e, política, posteriormente, entre os países desde que exista um governo mundial e que funcione, também, um Estado de direito globalizado. Há a necessidade de um governo democrático mundial que pode ser realizado com a reestruturação da ONU, a transformação da Assembleia Geral da ONU em parlamento mundial e a transformação da Corte Internacional de Haia reestruturada em Suprema Corte Mundial para fazer com que o sistema internacional funcione em benefício de todas as nações, promova o ordenamento da economia mundial e do meio ambiente global, acabe com as guerras e assegure a paz mundial. O Direito Internacional só será respeitado e aplicado com efetividade com a existência de sistema internacional que opere com um Governo democrático mundial, um Parlamento mundial e uma Suprema Corte mundial.
O ordenamento da sociedade no plano mundial poderia ser alcançado com a constituição de um governo mundial que visaria não apenas o ordenamento econômico e das relações internacionais em nível mundial, mas, sobretudo, criar as condições para enfrentar os desafios da humanidade no Século XXI. Para viabilizar um governo mundial é preciso que, de início, seja constituído um Fórum Mundial pela Paz e pelo Progresso da Humanidade por organizações da Sociedade Civil e governos de todos os países do mundo. Neste Fórum seriam debatidos e estabelecidos os objetivos e estratégias de um movimento mundial pela constituição de um governo mundial e um parlamento mundial visando sensibilizar a população mundial e os governos nacionais no sentido de tornar realidade um mundo de paz e de progresso para toda a humanidade. Este seria o caminho que tornaria possível transformar a utopia do governo mundial em realidade. Sem a constituição de um governo mundial democrático, o cenário que se descortina para o futuro será o de desordem econômica, política e social e da guerra de todos contra todos gerados pelo colapso da globalização contemporânea.
* Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, do IPB- Instituto Politécnico da Bahia e da Academia Baiana de Educação, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).